"Todo mundo espiona", diz a manchete do Uol,
portal do grupo Folha; "Não há virgens nesse negócio", ironiza o texto;
com uma reportagem sobre "espionagem" da Abin, a Folha de S.Paulo
conseguiu avacalhar o esforço do Brasil em liderar, ao lado da Alemanha,
uma iniciativa contra os grampos indiscriminados dos Estados Unidos;
jornal que se diz "a serviço do Brasil" trabalhou contra
247 – A tentativa do Brasil de liderar, ao lado
da Alemanha, uma ação mundial para conter a espionagem em larga escala
praticada pelos Estados Unidos se tornou motivo de piada entre
diplomatas norte-americanos desde a comparação feita pela Folha com
casos praticados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em
2003.
"Apesar da diferença de escala e cenário, está confirmado que todo
mundo se espiona", dizem diplomatas do Departamento de Estado e altos
funcionários na Casa Branca, segundo manchete do Uol. "Não há virgens
nesse negócio", ironizam.
Recentemente, a presidente Dilma Rousseff ganhou destaque no cenário
internacional ao pedir em assembleia da ONU uma regulação da internet em
referência clara aos abusos praticados pelo sistema Big Brother Obama. A
Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a NSA, vigiou
cidadãos e governos de países como Brasil, México, França, Espanha e
Alemanha. Em solo brasileiro, interceptou conversas de gabinete da
presidente Dilma Rousseff e quebrou o sigilo da Petrobras.
Nesse contexto, o maior jornal do Brasil publica na última
segunda-feira uma matéria que cai como uma luva para os EUA e ao mesmo
tempo avacalha os esforços de Dilma. Com base em um relatório da Abin, o
jornal aponta que representantes diplomáticos de ao menos três países
foram seguidos e até fotografados durante estadia no Brasil (Leia aqui). Com um caso pequeno, fez pirraça e trabalhou contra o Brasil.
Comparações dos dois casos são absurdas, como ressaltou o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo: “se trata de um caso de
contrainteligência, que não guarda nenhuma semelhança com as violações à
privacidade de milhares de cidadãos cometidas pelos serviços de
inteligência dos Estados Unidos”.
Brasil 247
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