30 de setembro de 2013 | 09:42
Vejam vocês que maravilha é a imparcialidade da Folha.
Ontem,
domingo, dia mais importante para um jornal, manchete dos motoboys que
dizem ter ganho R$ 300 não contabilizados no Piauí para carregar
bandeiras de Dilma no segundo turno.
Hoje, pior dia do jornal, manchete para os míseros R$ 52 millhões que
a Polícia Federal achou nas contas de consultorias ligadas a “políticos
e funcionários públicos desde o fim da década de 1990″.
Só no quinto parágrafo o jornal menciona – e uma só vez – que tais
cidadãos eram “ligados ao PSDB, que governa o Estado de São Paulo desde
1995″.
Óbvio que os motoboys foram parar ontem no programa de TV da Folha na TV Cultura, do governo paulista. Os “tremboys”, não.
Os “tremboys” do PSDB são “empresários”, “consultores”, todos gente
respeitável e que não pode ser acusada assim, apenas com “suposições”,
mesmo que as suposições estejam registradas nos seus extratos bancários
e, em muitos casos, repousando em contas no exterior.
O Ministério Público, aquele do “domínio do fato”, achou “pouco” os
documentos reunidos pela PF e o bloqueio de US$ 6,5 milhões feito pela
justiça suíça por pagamentos a Jose Fagali Neto, ex-secretário estadual
de Transportes Metropolitanos. Mandou de volta, pedindo mais apuração.
Com um detalhe, registrado pela Folha: levou um ano para tomar essa decisão.
A balança da justiça e a da imprensa brasileira são bem semelhantes em uma coisa.
Nenhuma das duas passaria num teste do Inmetro.
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Por: Fernando Brito
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