Lamentáveis, para dizer o mínimo, as declarações do diplomata Eduardo
Saboia, aquele que ajudou o senador Roger Pinto a fugir da Bolívia e
outro dia foi ao Senado agradecer aos tucanos pelo apoio na empreitada.
Em entrevista nesse fim de semana, ele chegou ao absurdo de afirmar que o
nosso país é a “Síria brasileira” e que temos problemas que podem
“estourar na nossa cara”.
Esse diplomata só tem espaço no Brasil para contar essas lorotas e
tentar justificar o injustificável. Ele assumiu o papel de ministro,
presidente, quando estava atuando como servidor público, submetido a uma
hierarquia e uma organização do Estado e às leis brasileiras e
internacionais.
Ele violou todas as leis, e não há desculpa para sua ação política
articulada com outros autores, como um senador da oposição no Brasil e
outros diplomatas.
Na entrevista, o diplomata se queixa da Bolívia, do trabalho, do
governo brasileiro e defende do senador boliviano, acusado de diversos
crimes.
A comparação que o diplomata Saboia faz entre Brasil e Síria só
revela que ele está totalmente fora de si, da realidade e dos interesses
do país ao qual ele serve. E mais do que isso: da realidade dos
interesses do Estado brasileiro, para não falar do governo.
Saboia já deixou muito claro que não deve explicações e não serve ao
governo, nem ao Itamaraty. Ele só serve a sua consciência e a Deus, que
ele também já invocou em sua defesa.
Blog do Zé Dirceu
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