Presidente da Petrobras obtém novo reconhecimento
internacional; revista americana de economia e negócios Fortune elege
Maria das Graças Foster como a executiva mais poderosa do mundo fora dos
EUA; trata-se de um bicampeonato; noticiário da mídia tradicional
brasileira detona momento da estatal brasileira, mas mundo reconhece
resgate do papel histórico da companhia na gestão da engenheira
nacionalista; 30 anos atrás, ela começou a trabalhar na Petrobras como
estagiária; estatal fará investimentos de US$ 236 bilhões até 2017
247 – A julgar pelo tom do noticiário que a
mídia tradicional brasileira dedica à Petrobras, a estatal petrolífera
atravessa um dos piores momentos de sua história. Na verdade, porém, a
companhia atravessa um momento de resgate de seu papel estratégico no
desenvolvimento brasileiro e sua direção vai obtendo um reconhecimento
cada vez maior no exterior. Prova está na escolha, pelo segundo ano
consecutivo, da engenheira Maria das Graças Foster como executiva de
negócios mais poderosa do mundo fora dos Estados Unidos. A eleição é da
revista de economia e negócios Fortune, uma das mais prestigiadas do
mundo.
Abaixo, noticia da Agência Brasil a respeito:
Presidenta da Petrobras é eleita a mulher mais poderosa do mundo que atua fora dos EUA
Flávia Villela*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A presidenta da Petrobras, Graça Foster, foi eleita
pela revista norte-americana Fortune a mulher mais poderosa do mundo
fora dos Estados Unidos. A revista fez dois rankings, um com executivas
norte-americanas e outro com internacionais. A classificação levou em
consideração quatro critérios: a importância e o tamanho do negócio
liderado pela executiva na economia global, o sucesso e a condução dos
negócios, a trajetória de carreira da executiva e sua influência social e
cultural.
Este foi o segundo ano consecutivo em que Graça Foster foi apontada
pela revista como a executiva mais poderosa do ranking global, entre 50
candidatas de diversos países e setores, como a Inglaterra, Austrália,
Suécia, Turquia.
Maria das Graças Foster é engenheira química e funcionária de
carreira da Petrobras, onde ingressou como estagiária há mais de 30
anos. É a primeira mulher a comandar a estatal. Assumiu a presidência em
fevereiro do ano passado e antes foi diretora de Gás e Energia da
empresa e presidente da Petrobras Distribuidora, entre outros cargos
executivos.
Também neste ano, Graça Foster foi eleita a melhor executiva do setor
de petróleo, gás e petroquímica na América Latina pela Revista
Institucional Investor, a mulher mais poderosa no setor de negócios do
Brasil e uma das 20 mulheres mais poderosas do mundo pela Revista
Forbes, e uma das 500 pessoas mais poderosas do mundo, segundo a revista
Foreign Policy.
A Petrobras vem sendo citada como uma das maiores empresas do mundo
pela Revista Fortune. Neste ano, a empresa ficou em 25º lugar, com
receitas de US$ 144 bilhões. A estatal brasileira planeja investir US$
236 bilhões até 2017.
A estatal, que já responde por mais de 90% da produção de petróleo e
gás no país, terá papel importante na exploração da camada pré-sal
brasileira, que concentra grandes reservatórios de óleo de boa
qualidade. Segundo a legislação brasileira, a Petrobras será operadora
de todos os campos do pré-sal licitados a partir de agora, com pelo
menos 30% de participação no bloco.
A primeira licitação do pré-sal sob o contrato de partilha está
marcada para o próximo dia 21 e permitirá a exploração e produção na
área de Libra, na Bacia de Santos, que tem reservas recuperáveis de
petróleo entre 8 e 12 bilhões de barris. Com o pré-sal e também com a
ajuda de outros campos de petróleo, a empresa espera dobrar sua produção
de óleo até 2020, da média de 2 milhões de barris por dia, para 4,2
milhões.
A Petrobras também tem investido na construção de novas refinarias
para reduzir a dependência do Brasil em relação a combustíveis e a
outros derivados de petróleo. Pelo menos quatro grandes complexos
petroquímicos estão em construção e devem ser inaugurados até 2020: no
Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte e Ceará. A ideia é
ampliar a capacidade de refino nacional de 2 milhões para 3 milhões de
barris por dia.
*Colaborou Vitor Abdala
Brasil 247
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