A possibilidade que
aventamos aqui no blog, outro dia, de participação do Brasil no programa
PAK-FA, tornou-se oficialmente concreta.
O Ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigú, que chega a Brasília amanhã, irá propor ao
Brasil, não apenas a compra dos caças Sukhoi SU-35, mas também o desenvolvimento e a produção
conjunta do caça T-50, de quinta geração.
O projeto do T-50, do Programa PAK-FA, já conta com a participação da Índia, que
disponibilizou cerca de US$ 25 bilhões e espera obter a versão de exportação do
T-50 até 2018.
A Força Aérea Russa (FAR) receberá os primeiros T-50 de produção
em série este ano, e comprará pelo menos 70 aeronaves.
O caça traz toda uma série de inovações para minimizar sua
visibilidade aos radares. E também novos materiais estruturais e revestimentos,
inteligência artificial, e componentes de hardware que elevam a indústria
aeronáutica russa a um patamar completamente novo.
Um dos destaques do T-50 são os novos polímeros de fibra de
carbono, com peso duas vezes menor do que o alumínio e quatro vezes menor que o
aço. Como mais de 70% do revestimento da aeronave é composto por novos
materiais, o resultado é um avião quatro vezes mais leve que os construídos com
material comum.
Além disso, o T-50 se destaca por uma visibilidade reduzida
aos radares, ópticos e infravermelhos. A área efetiva da superfície refletora
da aeronave é de 0,5 m2, enquanto a do Su-30MKI é de 20 m2.
Isso significa que,
no radar, o Su-30MKI aparece como um objeto metálico de 5 por 4 metros,
enquanto o T-50 tem uma imagem 40 vezes menor.
Dezenas de sensores
colocados ao longo da fuselagem permitem
controlar a situação em torno da aeronave, e trocar informações, em
tempo real, com serviços terrestres e dentro de um esquadrão. Se não
bastasse, um “piloto
automático” oferece ao piloto da aeronave várias opções de ação. O T-50 é
capaz
de decolar e pousar em uma pista de 300 a 400 metros de extensão.
O caça possui elevada capacidade de manobra e alto nível de monitoramento.
Um radar de matriz ativa faseada instalado na aeronave permite ao piloto ver
tudo o que acontece a uma distância de várias
centenas de quilômetros, e acompanhar vários alvos aéreos e terrestres ao mesmo
tempo.
O armamento é
transportado dentro de compartimentos internos, como exige a tecnologia
Stealth.
Esses compartimentos podem acomodar até oito mísseis
ar-ar do tipo R-77 ou duas bombas inteligentes de 1.500 kg. A aeronave
também
pode levar em dois pontos duros sob as asas mísseis com capacidade
para atingir alvos a uma distância de
400 km.
Blog do Mauro Santayana
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