publicado em 19 de julho de 2013
Dessa vez foi uma manifestação quase poética, que reuniu de oitenta a
cem pessoas. Fizemos um protesto pequeno, mas gigante em sentido,
beleza e contexto histórico. Havia uma bandinha que tocou marchas
famosas. Um carro de som onde as pessoas faziam discursos. Substituímos o
nome da rua Irineu Marinho para Leonel Brizola.
Lançamos grandes
bolinhas de papel jornal na parede do edifício. Um operador seguia no
alto do carro projetando vídeos de discursos do Brizola nas fachadas dos
prédios. Ao final, foi realizada uma assembléia popular para discutir
objetivamente o que deve ser feito para modernizar e democratizar a
mídia nacional.
Bem diferente dos protestos histéricos e “pacíficos” que os coxinhas
fazem por aí, que terminam sempre em quebra-quebra, reunindo um bando de
playboys desocupados e agressivos.
O Cabral, a gente tira no ano que vem, no voto. Não precisamos ficar
gritando e quebrando lojas. A gente se articula politicamente e bota
outro no lugar dele.
Mais grave, é a questão da mídia, que a gente não elege, que se
consolidou durante a ditadura, e que procura sempre manipular as
eleições no país, especialmente a Globo, que detêm a hegemonia.
O incrível é que a burguesia carioca, e a própria mídia, preferem
manifestações dos “coxinhas”, que eles conseguem manipular facilmente,
mesmo que resultem em situação de quase guerra civil, do que os nossos
peculiares e inteligentes protestos, estes sim, criativos, tranquilos,
mas absolutamente revolucionários em seus objetivos!
Tenho certeza que milhões de brasileiros, espalhados por todos os
rincões do país, teriam orgulho de estar presentes. E o velho Leonel, lá
onde ele está, deve ter dado uns sorrisos maliciosos…
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