Karine Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, lamentou hoje (18) os boatos de que médicos estejam usando as redes sociais para inviabilizar e atrasar a implementação da chamada de profissionais para o Programa Mais Médicos. Esses grupos estariam incentivando a inscrição de médicos para em seguida promover uma desistência em massa desses profissionais, o que prejudicaria a finalidade do programa.
“O próprio Ministério da Saúde já solicitou a atuação da Polícia
Federal para investigar se está ocorrendo sabotagem. Agora, eu quero
crer, até pelo reconhecimento que nós temos dos nossos médicos, do seu
compromisso com a medicina, com o juramento que eles fazem ao se
diplomar, que isto não esteja ocorrendo”, disse em entrevista ao
programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços. Em uma semana, mais de 11 mil médicos já se inscreveram no programa.
Segundo o Ministério da Saúde, desde a semana passada a Polícia
Federal acompanha o processo de inscrição. O ministério também está
ligando para os médicos que já se pré-inscreveram, mas que já têm outros
vínculos, a fim de perguntar se realmente eles querem participar do
programa.
Ideli explicou que a Medida Provisória 621/2013, conhecida como MP
dos Médicos, em tramitação no Congresso Nacional, vai ser tema de um dos
principais debates a partir de agosto, quando Câmara e Senado retomam
as sessões deliberativas.
Até agora, os parlamentares já apresentaram mais de 500 emendas à
Medida Provisória com alterações que podem modificar completamente a
proposta inicial do governo. Grande parte das sugestões diz respeito a
pontos polêmicos como a concessão do diploma apenas para os estudantes
de medicina que trabalharem por dois anos no Sistema Único de Saúde
(SUS), regra que passa a valer para quem ingressa no curso a partir de
2015. Também é alvo de questionamentos a possibilidade de que médicos
formados no exterior possam trabalhar no Brasil sem precisar passar pelo
exame de revalidação do diploma.
Agência Brasil
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