Além de cobrado por promotores suíços
sobre o caso Alstom e as propinas distribuídas em São Paulo, o
procurador Rodrigo de Grandis foi também alertado pelo Ministério da
Justiça, comandado por José Eduardo Cardozo, em três ofícios; ou seja:
nada parece justificar que o caso tenha sido colocado numa "pasta
errada" de uma gaveta tão profunda; procurador será investigado por
prevaricação pelo Conselho Nacional do Ministério Público e pode até ser
preso
247 - A
conduta do procurador Rodrigo de Grandis no caso Alstom, relacionado a
propinas pagas pela multinacional francesa a personagens do PSDB em São
Paulo, parece ser, a cada dia, menos defensável.
Há uma semana, quando se
soube que a Suíça decidiu arquivar investigações contra lobistas
envolvidos no caso, como o notório José Amaro Pinto Ramos, a assessoria
de Rodrigo de Grandis alegou "falha administrativa", afirmando ainda que
um pedido de cooperação feito por promotores suíços teria sido
arquivado numa pasta errada.
Agora, uma nova revelação
aponta que o caso é ainda mais grave. O Ministério da Justiça, chefiado
por José Eduardo Cardozo, cobrou, em pelo menos três ofícios, que De
Grandis respondesse a um pedido de investigação feito pelo Ministério
Público da Suíça (leia, aqui, reportagem da Folha a respeito).
A cooperação vinha sendo
pedida desde 2011, mas foi engavetada por De Grandis. Diante da suspeita
de prevaricação, o procurador será investigado pelo Conseho Nacional do
Ministério Público, podendo ser expulso da carreira e até preso.
Sob pressão, De Grandis
tem evitado prestar declarações à imprensa. A Procuradoria da República
apenas informa que ele está à disposição das autoridades para prestar
esclarecimentos.
Brasil 247
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