André Richter - Repórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
Brasília - O Tribunal de Justiça
de Goiás recebeu hoje (22) denúncia proposta pelo Ministério Público
contra o ex-senador Demóstenes Torres, o empresário Carlos Augusto de
Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, e o ex-diretor da
Construtora Delta, Claudio Dias de Abreu. Eles são acusados de crimes de
corrupção, que foram apurados na Operação Monte Carlo, da Polícia
Federal, deflagrada em 2012.
Segundo o Ministério Público, Demóstenes Torres recebeu vantagens
indevidas para favorecer Cachoeira e Dias de Abreu entre junho de 2009 e
fevereiro de 2012, período em que ele ocupava o cargo de senador. O MP
apurou que o ex-senador recebeu mais de R$ 5 milhões, garrafas de
bebidas importadas e eletrodomésticos de luxo.
Os procuradores também identificaram que Demóstenes participou
ativamente da negociação de interesses da Delta na prefeitura de
Anápolis (GO) em julho de 2011. Não há indício de que o prefeito tenha
aceitado o valor oferecido.
As denúncias resultaram da participação do ex-senador nos episódios
relativos às operações Vegas e Monte Carlo, que apuraram esquema de
corrupção e exploração ilegal de jogos em Goiás e no Distrito Federal.
Primeiramente, o material relativo a Demóstenes foi enviado ao Supremo
Tribunal Federal (STF), mas, com o afastamento dele do cargo político e a
perda da prerrogativa de foro, os autos foram encaminhados à Justiça
goiana. O ex-senador renunciou ao mandato em 2012.
Agência Brasil
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