28 de janeiro de 2014 | 16:37 Autor: Fernando Brito
A simples menção ao nome Cuba costuma desencadear uma onda de reações
estúpidas da imprensa e da classe média idiotizada, que não consegue
compreender lhufas das necessidades de uma economia como a brasileira
fazer bons negócios e obter posições estratégicas nos mercados mais
promissores, sem falar obrigação moral de, ao negociar, não fazer
distinções entre países por “simpatia” ou “antipatias”.
No jogo do comércio mundial as relações não são baseadas no amor.
Os Estados Unidos, que proíbem a importação de produtos cubanos, num
anacrônico bloqueio comercial de meio século, não se escusam de exportar
para a ilha de Fidel. São a quarta maior fonte de importação do país,
perdendo apenas para a China, a Espanha e, por muito pouco, para o
Brasil.
E importações crescentes, que pularam de pouco mais
Ontem, a Folha se queixou, em reportagem, do abandono das nossas
crescentes e vantajosas trocas comerciais com o Irã, amplamente
superavitárias, como as com Cuba. É verdade, mas faltou destacar que
isso foi função das pressões políticas sobre o nosso pa´si, para
afastar-se dos persas e, por outro lado, do distensionamento das
relações entre o país e os Estados Unidos e a União Europeia, com o fim
do governo Amahjineahd.
Alguém pode imaginar gente mais anticomunista que o General Geisel?
Pois foi em seu governo que Ítalo Zappa, via Itamaraty, fez o Brasil
plantar os pés no continente, a partir dos recém libertos países de
língua portuguesa, quase todos com governos esquerdistas.
É tão raro que surja uma análise lúcida sobre isso que faço questão
de partilhar o comentário do jornalista Kennedy Alencar, hoje de manhã,
no Jornal da CBN sugerido pelo amigo Clovis .
Kennedy explica o óbvio: que o dinheiro emprestado para as obras no
excelente porto cubano de Mariel na foto, no ato de inauguração parcial,
com Dilma e Raúl Castro – não é “investido lá fora”, mas aqui dentro,
pelo compromisso de compra de bens e serviços para a obra em nosso país.
É bom negócio sem deixar de ser solidariedade com um país latino
americano que precisa de investimentos, como nós precisamos de médicos
que Cuba cede, com a devida compensação financeira por isso.
TIJOLAÇO
TIJOLAÇO
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