28 de janeiro de 2014 | 18:20 Autor: Fernando Brito
A semana passada foi pródiga em notícias sobre a absurda carga
tributária brasileira, que nos colocava na condição de segundo país que
mais cobrava tributos na América Latina, atrás apenas – e muito pouco –
da Argentina.
É verdade.
Nenhum dos jornais e tevês, entretanto,se ocupou de destrinchar quem é que, aqui ou lá fora, pagava estes impostos.
Um esboço dos resultados está na imagem aí de cima, que montei a partir de um aplicativo do site da KPMG, uma das maiores consultorias tributárias do mundo.
Como você vê, quando se trata de imposto sobre a renda dos mais ricos – e mais rico aqui, pelas nossas alíquotas, é o cidadão de classe média que recebe mais de R$ 4.463 mensais – o Brasil é uma mãe.
Para as empresas, não somos piores do que a maioria dos países ditos “competitivos”.
Mas para os pobres, que pagam os impostos indiretos, os que vêm embutidos nos preços dos produtos e que não diferenciam o comprador rico do pobre, aí somos uma madrasta de conto de Cinderela.
Mas aqui é heresia falar em impostos sobre grandes fortunas e recalibração das faixas e alíquotas de imposto de renda.
Que, aliás, só não é burlado pelo assalariado, porque os altos salários se cobrem de artifícios para escapar da mordida.
Você mesmo pode ir lá e fazer as comparações, escolhendo até cinco países de cada vez.
Vai se surpreender, talvez, tanto com as alíquotas que lá fora se cobra.
Mas certamente ficará estupefado de que nada disso é dito aqui, ao povo brasileiro.
TIJOLAÇO
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