André Richter - Repórter da Agência Brasil
Edição: Carolina Pimentel
Brasília - A Justiça de Minas
Gerais determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador Zezé
Perrella (PDT-MG) e do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG),
filho dele. Ambos são sócios de uma empresa que teria feito contratos
sem licitação com o governo do estado, segundo o Ministério Púbico de
Minas Gerais (MP-MG).
Atendendo pedido do MP, a juíza Rosimere das Graças do Couto, da 3ª
Vara da Fazenda Pública Estadual e Autarquias de Belo Horizonte,
entendeu que medidas solicitadas pelo Ministério Público devem ser
aceitas para garantir a investigação do processo instaurado e o eventual
ressarcimento aos cofres públicos. A magistrada determinou que os
cartórios de Registros de Imóveis e o Detran façam o bloqueio dos bens
até o limite de R$ 14,58 milhões, valor dos desvios apontados na
denúncia.
“Estou a entender que, de fato, diante da existência de indícios da
prática da atos de improbidade administrativa, justifica-se a decretação
da quebra de sigilos bancários e fiscal para que sejam informadas as
movimentações financeiras existentes daqueles que, em tese, direta ou
indiretamente, possam estar envolvidos na prática dos supostos
ilícitos”, decidiu a juíza.
Em nota divulgada à imprensa, o senador negou que tenha ocorrido
qualquer irregularidade nos contratos e afirmou que vai recorrer da
decisão. “O senador Zezé Perrella está totalmente tranquilo, uma vez que
todo o procedimento realizado, entre a empresa de sua família e a
Epamig, sempre esteve pautado nas normas legais aplicáveis, não havendo
qualquer ilegalidade que denote improbidade administrativa, conforme
será demonstrado ao longo do processo”, diz a nota.
Agência Brasil
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