27 de janeiro de 2014 | 21:32 Autor: Fernando Brito
Parece incrível, mas boa parte do debate político do dia de hoje foi
sobre a escala do avião presidencial brasileiro em Lisboa, vindo de
Zurich, a caminho de Cuba.
A mídia ficou repercutindo mais uma idiotice do PSDB, que lança um
protesto e uma nota oficial até quando Dilma Rousseff espirra, com a
Folha dando início a uma história sem pé nem cabeça sobre um suposto
“capricho” presidencial de fazer uma escala em Lisboa – de apenas 15
horas, incluída aí a madrugada -para jantar num restaurante.
Pura idiotice de figuras como Álvaro Dias, o pateta da República.
É só olhar os manuais técnicos e ver que o avião tem, sim, capacidade
para fazer o vôo direto entre Zurich e Havana, mas operando perto do
limite (mais de 80%) de seu alcance.
Isso é o suficiente para alternar aeroporto na região, de acordo com
as normas de vôo internacionais, em caso de mau tempo sobre o destino.
Em condições normais.
Mas não em condições excepcionais.
É por isso que nenhum companhia aérea opera vôos transatlânticos como
A-319 da Airbus, o aparelho presidencial. Mesmo com a versão CJ, que
tem um pouco mais de combustível.
E o tempo sábado estava como “céu de brigadeiro”?
Bom os interessados podem repetir, clicando aqui, a busca que fiz sobre o tempo no Atlântico Norte, área que deveria ser cruzada pelo avião presidencial.
Alíás, fiz a busca usando o título de um artigo que encontrei, que
discutia a possibilidade de uma tempestade “histórica” naquele trecho
do oceano, na altura das Ilhas Britânicas, pouco acima da rota natural
do avião.
Passamos, então, à abobrinha do jantar presidencial.
O chanceler Luiz Alberto Figueredo disse que cada um pagou sua despesa e Dilma também.
E se não tivessem pago, não haveria nada de mais.
Não passa pela cabeça de ninguém que, se a Presidenta estiver “dura”,
ela que peça para fazerem uma “vaquinha” para pagar um Big Mac para
acalmar a fome.
De qualquer forma deve ter custado menos que as passagens que o
Senado pagou para o Senador Aécio Neves passar o Carnaval de 2012 no
Rio ( vindo 15/02 no Webjet 6795 BSB/SDU e voltando, bem esticado, na
terça da semana seguinte aos folguedos, dia 28, no Gol 1582).
Será que não há um repórter para apurar esses fatos, que estão aí, a
uma busca no Google ou jornalismo é só ficar no “ele disse, o outro
falou”?
Tijolaço
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