Colunista do Diário do Centro do Mundo conta a
reação do jornalista contra única lista das 100 pessoas mais influentes
do Brasil da revista Época que incluiu a mídia: 'Ele se gabava de ser
colunista da Veja, como aquele personagem de Chico Anísio que dizia
trabalhar na Globo. Imagino a dor que ele sinta, hoje, quando já não
pode dizer, arrogantemente, isso'; "Uma segunda paulada em mim viria
depois pelo Mainardi digital da Veja, Reinaldo Azevedo", acrescenta
247 – Em artigo no Diário do Centro do Mundo,
Paulo Nogueira conta o “quebra pau” que teve com Diogo Mainardi quando
decidiu incluir nomes da mídia na lista das 100 pessoas mais influentes
do Brasil da revista Época. Leia trechos:
Curiosamente, o maior problema que tive, depois, não foi com
gente que não entrou – mas com um integrante da lista, Diogo Mainardi,
então colunista da Veja.
Escrevi, essencialmente, que Mainardi vivia de Lula. Notei também
que ele “mainardizara” a revista. E disse uma coisa que o magoou
extraordinariamente: que ele não tinha estilo.
Não sabia quanto ele era vaidoso literariamente.
Na semana seguinte, sua coluna na Veja foi dedicada a me agredir com sua habitual mistura de desonestidade e presunção.
Ele achava que estava revelando ao mundo que eu tinha um pseudônimo, Fabio Hernandez, com o qual escrevera artigos para a VIP.
Ele se gabava de ser “colunista da Veja”, como aquele personagem
de Chico Anísio que dizia trabalhar na Globo, enquanto Fabio Hernandez
era colunista de assuntos sentimentais. Daí se vê a mente atrapalhada de
Mainardi. Imagino a dor que ele sinta, hoje, quando já não pode dizer,
arrogantemente, que é “colunista da Veja”.
Uma segunda paulada em mim viria depois pelo Mainardi digital da
Veja, Reinaldo Azevedo. Ele já começava, então, a demonstrar obsessão
por mim. Embora sejamos da mesma geração, eu jamais ouvira falar de
Reinaldo Azevedo: ele pertencia à Liga B, com uma carreira medíocre com
passagens discretas pela Folha e, depois, revistas que viveram do
dinheiro público ou amigo, como a Bravo do genro de Abílio Diniz, Luís
Felipe Dávila. A Bravo, mais que em cultura, se especializara em Lei
Rouanet, e trazia uma quantidade impressionante de anúncios do Pão de
Açúcar — os quais nada tinham a ver com o público da revista.
Mais tarde, Azevedo mudaria de dinheiro público e amigo, numa
revista de Mendonça de Barros denunciada pela Folha como beneficiária de
publicidade tecnicamente injustificável do governo Alckmin. Mesmo com
tanta mamata, a revista foi à bancarrota.
Como Mainardi, o ataque veio com uma mistura de desonestidade e
falsidade. Azevedo se esforçou para que eu perdesse meu emprego ao dizer
que eu estava “promovendo a Record” ao incluir Edir Macedo na lista.
Na época, eu não tinha minha própria voz, e fui impedido de responder.
Brasil 247
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