Depois de apontar propaganda antecipada e pedir,
em ação, que a presidente Dilma Rousseff se torne inelegível por oito
anos, partido decide entrar com representação no Tribunal Superior
Eleitoral para questionar uso político da reforma ministerial, que teria
como motivação, segundo os tucanos, ampliar o tempo de Dilma na tevê
durante a campanha; diante de tais argumentos, vale a pergunta: como o
PSDB conquista maiorias nos estados onde governa? na semana passada, o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ofereceu a vice ao PSB para
ter apoio dos socialistas
247 – Depois de uma ação que pede a inelegibilidade
da presidente Dilma Rousseff por oito anos, por propaganda antecipada, o
PSDB decidiu agora entrar com uma representação no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) que questiona o uso político da reforma ministerial do
governo, que deve começar a ser colocada em prática ainda em janeiro.
Na interpretação dos tucanos, Dilma tem como objetivo, com a reforma,
ampliar seu tempo na tevê durante sua campanha à reeleição. De acordo
com o partido, beneficiar legendas como o PTB, o PSD e o Pros, hoje fora
da base, com cargos na Esplanada dos Ministérios, se configuraria crime
eleitoral, informa o jornalista Gerson Camarotti, do G1.
Segundo ele, os tucanos argumentarão que, numa eleição, as
candidaturas precisam ter condições iguais. E que o PSDB não dispõe dos
mesmos instrumentos do que Dilma para atrair novas alianças, aumentando
assim o tempo de propaganda eleitoral gratuita. Os tucanos irão lembrar,
ainda, que Dilma argumentou com o PMDB que não poderia dar mais cargos
para o partido porque precisava incluir novas siglas em seu governo.
"Em qualquer período, o uso de cargos no primeiro escalão para
ampliar a base governista consolida a prática do toma-lá-dá-cá", afirmou
um cacique tucano ao Blog do Camarotti. Diante de tais argumentos, vale
a pergunta: como o PSDB conquista maiorias nos estados em que governa? E
ainda a lembrança de que, na semana passada, o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), ofereceu a vice de sua chapa ao PSB para conseguir apoio à sua campanha.
Nessa semana, a ministra Helena Chagas, da Comunicação, reagiu à representação
proposta pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que, em razão do
pronunciamento de fim de ano da presidente Dilma Rousseff, propôs sua
inelegibilidade até 2022. "Todos os presidentes convocam rede de TV para
desejar um feliz Ano Novo aos brasileiros", disse ela. "Daqui a pouco,
até dar bom dia ao porteiro vai virar crime".
Brasil 247
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