18/01/2014 - 16h12
Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília
- A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (18) uma operação para
desarticular uma organização criminosa acusada de desviar cerca de R$ 73
milhões da Caixa Econômica Federal (Caixa) e prender cinco pessoas
suspeitas de participar do esquema. Denunciada pelo próprio banco
estatal, a fraude milionária ocorreu no final de 2013 e é tratada como a
maior já sofrida pela instituição.
Apesar de a Justiça ter expedido cinco mandados de prisão preventiva
e um de condução coercitiva, ninguém foi detido até o momento. Ao todo,
65 policiais federais do Tocantins, de Goiás, do Maranhão e de São
Paulo participam da Operação Éskhara, mas encontram dificuldades para
localizar os procurados. Os mandados de prisão preventiva e de condução
coercitiva, além de dez mandados de busca e apreensão, devem ser
cumpridos em Goiás, no Maranhão e em São Paulo. Neste exato momento,
policiais federais tentam interceptar um dos principais alvos da
operação, identificado em uma rodovia. A operação conta com o apoio do
Ministério Público Federal (MPF).
Segundo a PF, a quadrilha usou documentos falsos para abrir uma
conta-corrente em uma agência da Caixa de Tocantinópolis (TO). Pouco
tempo depois, cerca de R$ 73 milhões foram depositados nessa conta.
Desviado do banco estatal, o dinheiro foi depositado como sendo o
pagamento de um prêmio da mega sena que nunca existiu. Por fim, o
montante foi transferido para várias contas.
Em nota, a PF informou já ter recuperado aproximadamente 70% do
total desviado. Durante as investigações, as agentes prenderam o
ex-gerente-geral da agência da Caixa em Tocantinópolis. As investigações
ainda não foram encerradas. Ainda de acordo com a PF, um suplente de
deputado federal do Maranhão, cujo nome não foi revelado, pode estar
envolvido no esquema.
Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, receptação
majorada e formação de quadrilha, cujas penas somadas, caso condenados,
podem chegar a 29 anos de reclusão.
Em nota, a Caixa informou apenas que acionou a PF logo após ter
constatado a fraude e que continua acompanhando o caso e colaborando com
as investigações.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário