No mesmo período em que, no mundo, se perdiam 62
milhões de postos de trabalho, desde 2008, o Brasil criava 10,5 milhões
de vagas formais; ao todo, há hoje 202 milhões de pessoas desempregadas
em todo o planeta, de acordo com dados da OIT (Organização Internacional
do Trabalho), número recorde e equivalente a um Brasil inteiro;
previsão é de que, em 2018, 215 milhões estarão sem emprego; "A crise é
muito séria e o número de desempregados continua a subir", diz
diretor-geral da entidade, Guy Ryder; Brasil é um dos poucos países no
mundo com uma taxa de desemprego tão baixa: 4,6% em novembro, segundo o
IBGE
247 – O mundo todo perdia 62 milhões de vagas
formais de trabalho no mesmo período em que, no Brasil, criavam-se 10,5
milhões – desde 2008. De acordo com dados divulgados pela OIT
(Organização Internacional do Trabalho) nesta segunda-feira, 202 milhões
de pessoas estão desempregadas em todo o planeta, um número recorde e
que equivale, praticamente, à toda a população brasileira.
Os números refletem os impactos sociais da crise que eclodiu há cinco
anos e não trazem previsões otimistas. Pelo contrário, a preocupação da
OIT e da Oxfam (que divulgou o estudo em conjunto) é de que a
recuperação econômica não está sendo acompanhada pela criação de
empregos. A previsão é de um cenário ainda pior que o de hoje: em 2018,
215 milhões de pessoas devem estar sem emprego.
"A crise é muito séria e o número de desempregados continua a subir",
avalia o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. "Precisamos repensar todas as
políticas. A crise não vai acabar até que as pessoas voltem a
trabalhar", acrescentou. Apenas no ano passado, quando até novembro 1,5
milhão de vagas com carteira assinada eram criadas no Brasil, 5 milhões
de pessoas perdiam emprego no mundo todo.
Neste cenário, o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem uma
taxa de desemprego tão baixa. Em novembro de 2013, esse índice recuou
para 4,6%, o menor atingido na série histórica do IBGE, enquanto o
rendimento médio real dos trabalhadores cresceu 2%. Os números são
frequentemente comemorados nos discursos da presidente Dilma Rousseff,
que critica com veemência as teses de economistas que defendem o
desemprego para combater a inflação.
Brasil 247
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