30 de janeiro de 2014 | 18:44 Autor: Fernando Brito
Da capa de economia do site da Folha, hoje:
Com inflação alta, rendimento real do trabalhador tem menor avanço desde 2005, onde se mostra que a renda real dos trabalhadores -já descontada a inflação– subiu 1,8%.
É verdade, mas todos sabem que os patrões fizeram – até com o apoio do catastrofismo da mídia – jogo mais duro nas negociações,.
Os jornalistas de São Paulo, por exemplo, tiveram um reajuste bruto de 6,95%, ou apenas 1% acima da inflação: só a metade do que tiveram de aumento os demais trabalhadores.
Aí, bem mudinho, outras chamadas: Desemprego cai ao menor nível em 11 anos, Emprego com carteira já supera 50% do total e SP tem desemprego acima da média nacional.
Isso não é tão importante, não é?
Importante é que nos shoppings, as vendas crescem 8,6%, o pior desempenho desde 2007!
Mesmo que os lojistas dos shoppings se digam satisfeito por
continuarem mantendo uma taxa de alto crescimento e nenhum deles esteja
revisando seus planos de expansão.
Ah, e os Estados Unidos, aquele prodígio do Norte, onde as crianças já nascem falando inglês, de tão civilizadas que são?
Um crescimento de 1,9% no PIB, um “pibão” que anuncia recuperação e
prosperidade para o grande irmãos do Norte, enquanto nós, miseráveis,
estamos enganchados num pibinho, que cresce míseros 2,4%, o que qualquer
pessoa sabe que é menos que 1,9%, não é?
Tão grave é a crise que uma pequena foto e chamada passam
despercebidas: é a aposta da Audi na fabricação de seu modelo A3 – o
sonho de consumo dos coxinhas endinheirados – em São José dos Pinhais,
no Paraná, a partir do ano que vem.
Será que os jornais concordam com o que disse Diogo Mainardi no Roda-Viva, da TV Cultura, quando afirmou que “na internet só tem otário”?
Quem sabe não seria bom seguir a sugestão que ele deu para a D. Luiza, a do Magazine, e vender o Brasil para a Amazon?
TIJOLAÇO
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