29 de maio de 2014 | 08:08 Autor: Fernando Brito
Embora sem o destaque merecido na imprensa – afinal é a acusação
direta de um deputado federal sobre outro parlamentar e confirmada – a
“bolada” de R$ 20 milhões oferecida pelo presidente do PSDB mineiro,
Marcus Pestana, ao presidente do PMDB local, Antonio Andrade é mais uma
destas hipocrisias do Brasil.
Para quem quiser pensar além do udenismo de dizer que é só - e é,
sim – um escândalo, vai ficar por aí, abafada nas notinhas de jornal.
Só vai virar manchete se envolver alguém do PT, como aconteceu e todos sabem.
Mesmo assim, registre-se, a Folha publicou e o assunto saiu das montanhas de Minas.
A hipocrisia é que isso é fruto de dois males que a imprensa defende com unhas e dentes.
O financiamento privado de campanhas e a coligações em eleições proporcionais, como as de deputado.
Elas, juntas, são a grande fonte de dinheiro do “mercado eleitoral”.
O segundo capítulo da hipocrisia é tratar o assunto como se o chefe
supremo do PSDB mineiro sai desta história como se não tivesse nada com
isso.
É possível que as negociações no seu estado, centro da sua campanha, a
Minas que Aécio Neves considera seu “curral eleitoral” se dêem sem o
seu conhecimento?
Mas Aécio nunca tem nada a ver com nada.
Já foi assim com o “mensalão” de Eduardo Azeredo, jogado ao rio como “boi de piranha”.
Agora, Pestana, que pretendia a vaga que ficou com Pimenta da Veiga.
O “vamos conversar” em Minas já foi mais silencioso.
Tijolaço
Nenhum comentário:
Postar um comentário