quinta-feira, 22 de maio de 2014

Como usar o jornal para alimentar a “trollagem” da direita

22 de maio de 2014 | 09:33 Autor: Fernando Brito
trollglobo
Mencionei o tema no final do artigo abaixo, mas acho que merece destaque maior.


É a matéría de que a Polícia Federal investigou filho de Lula por enriquecimento ilícito, publicada em O Globo.


É apenas um exercício de sordidez do jornal para servir de combustível para as redes sociais, ampla – e comercialmente – dominadas pela direita espalhem o título.


Que houve uma investigação, a partir de boatos divulgados nos jornais, não é novidade.


Foi, aliás, objeto de um inquérito conduzido pela Procuradoria Geral da República -no próprio Governo Lula.


Que foi arquivado por falta de qualquer prova em agosto de 2012, e que deveria ter terminado ainda em 2010, na opinião do promotor do caso, que foi mantido aberto por decisão da cúpula da PGR.


A matéria de  O Globo não diz nada, senão que a polícia política da oposição, digo, a Polícia Federal, seguiu o filho do ex-presidente e anotou até mesmo o horário em que ele tomava banho.


O resultado de toda a arapongagem não foi além de saber que o filho de Lula visitou a Usina de Itaipu e que comeu carnes num restaurante.


Mas que ninguém pense que a reportagem foi feita para denunciar o abuso que isso significa.


Foi feita para produzir um título desonesto para ser reproduzido pela direita hidrófoba na internet.


Não escreveram Polícia Federal seguiu filho de Lula e não achou prova de enriquecimento ou, muito menos, PF espionou filho de Lula mas não viu enriquecimento ilícito.


Escreveram que ele foi investigado por enriquecimento ilícito e não havia isso.


Coisa de gente que transformou o jornalismo em uma atividade de propaganda política e, por si, de um caráter abjeto.


Tijolaço

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