De acordo com uma das diretoras da Associação de
Servidores do IBGE, Ana Magni, a categoria reivindica aumento do
orçamento do órgão, para atender às metas de planejamento, a contratação
de 4 mil servidores e equiparação salarial a funcionários de outros
órgãos, como o Banco Central e o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada; sobre a divulgação do PIB, prevista para a sexta-feira (30),
no Rio de Janeiro, ela disse que não é possível prever o impacto sobre a
publicação, que está em estágio avançado
Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil -
Servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
começam hoje (26) uma greve em defesa de democracia interna e
valorização do corpo funcional. A paralisação coincidirá com a
divulgação dos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro
semestre de 2014, previstos para serem apresentados sexta-feira (30), no
Rio de Janeiro.
De acordo com uma das diretoras da Associação de Servidores do IBGE,
Ana Magni, a categoria reivindica aumento do orçamento do órgão, para
atender às metas de planejamento, a contratação de 4 mil servidores e
equiparação salarial a funcionários de outros órgãos, como o Banco
Central e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
“Temos milhares de vagas que precisam ser recompostas, aposentadorias
crescentes, trabalho precário e temporário na ponta, que precisamos
substituir, além de recomposição de salários condizentes com outros
órgãos do Ministério do Planejamento”, disse ela.
Os servidores também cobram participação nas decisões de gestão e
democracia interna. “Reivindicamos participar das decisões sobre o
futuro da instituição, nos moldes de outros órgão que têm um congresso
institucional que pensa, debate e escolhe seus dirigentes”. Segundo Ana,
a ideia é escolher gestores que não fiquem “à mercê de intempéries
políticas e econômicas”.
Apesar da paralisação, está mantida a divulgação da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), com dados nacionais
sobre o mercado de trabalho. A publicação, que substituirá a Pesquisa
Mensal do Emprego (PME) – e avalia seis regiões metropolitanas-, chegou a
ser cancelada pelo órgão e depois retomada. “Juntamente com a
sociedade, conseguimos manter essa publicação. A divulgação desses dados
é uma questão de honra”, disse a diretora.
Sobre a divulgação do PIB, Ana Magni disse que não é possível prever o
impacto sobre a publicação, que está em estágio avançado. “Não sabemos
ainda a intensidade e o ritmo da greve”, .
Devem paralisar as atividades funcionários de Alagoas, do Amapá,
Amazonas, Distrito Federal, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, Paraná,
Rio Grande do Sul, de São Paulo, Santa Catarina e unidades do Rio de
Janeiro. Novas assembleias estão previstas ao longo desta semana.
Procurado pela Agência Brasil na última sexta-feira (23), o IBGE, que
tem 5,7 mil funcionários em todo o país, disse que só comentaria a
paralisação nesta segunda-feira.
Brasil 247
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