20 de maio de 2014 | 20:57 Autor: Fernando Brito
Meu amigo, minha amiga, se existir um ingênuo na face da Terra que
ainda acredite que o desempenho das ações em Bolsa guarde a menor
relação com o desempenho das empresas, não é possível que não tenha
despertado hoje.
Depois de uma manhã tranquila, os operadores foram almoçar e, de
repente, entre o prato principal e a sobremesa, o garçom veio avisar:
- Ó, tão falando que a mulher subiu nas pesquisas.
Pronto, foi o que bastou para saírem em disparada, gritando: vende, vende, vende!
Será que a Bovespa está querendo tirar o título do Ibope em matéria de manipulação de números?
Bobagem.
Até porque todo o tal “mercado” está devidamente alimentado por informações de pesquisa que nós, meros mortais, não temos.
Em alguns casos, porém, todos ficam sabendo, como publicou este blog,
no domingo, chamando atenção para o fato de Eliane Cantanhede ter
escrito em sua coluna cheirosa que “depois de estancar a queda (nas
pesquisas), pois, Dilma deve voltar a subir”.
O que, duas horas depois da despencada da Bolsa, foi confirmado hoje pela coluna de Ricardo Noblat, que diz que não apenas ela parou de cair como, talvez, “recupere uns pontinhos”
Claro que até quinta-feira, quando os números do Ibope vierem á tona, dá para fazer “ajustes”.
Mas está claro que a soma de dois fatores – a retomada de um discurso
mais incisivo de Dilma e de Lula e a campanha de sabotagem ter ficado
tão “over” que começou a despertar suspeitas – é a responsável por esta
mudança de clima.
O sobe e desce da bolsa com boatos, seja porque Dilma “cai”, seja
porque “Dilma sobe” é apenas um retrato da confiança do nosso mercado
naqueles “fundamentos macroeconômicos” dos quais enchem a boca para
falar.
Tijolaço
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