Demorou, mas o Ministério Público, enfim, tomou
providências em relação a Robson Marinho, que foi secretário da Casa
Civil do governo Mario Covas e é acusado de ter recebido propinas de US$
3 milhões da Alstom; nesta quinta-feira, foi pedido seu afastamento do
cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo;
Marinho também começou a se desfazer de um patrimônio imobiliário
avaliado em alguns milhões, que inclui a Ilha de Araçatiba, em Paraty;
até recentemente, ele dizia que não sairia da cadeira no TCE, onde tem
poder justamente para investigar as contas públicas do Estado e dos
municípios paulistas
247 – O Ministério Público Estadual pediu o
afastamento do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
Robson Marinho, acusado de ter recebido propina para favorecer a
multinacional Alstom em contrato no setor de energia com o governo
paulista. A promotoria fez o pedido à Justiça nesta quinta-feira 22.
A Promotoria do Patrimônio Público e Social, braço do MP-SP que apura
casos relacionados a improbidade, aponta que documentos suíços
comprovam que Robson Marinho recebeu propina e, por isso, deve deixar o
cargo no TCE-SP. Os investigadores lembram que autoridades da Suíça
descobriram que ele recebeu cerca de US$ 3 milhões em uma conta no nome
da empresa Higgins Finance, que pertence a Marinho e a sua mulher.
Marinho, que foi chefe da Casa Civil no governo do tucano Mario
Covas, começou a se desfazer de um patrimônio imobiliário avaliado em
alguns milhões. Ele colocou à venda
uma casa na praia Domingos Dias, em Ubatuba, litoral Norte de São
Paulo, por R$ 7 milhões. Seus bens incluem a Ilha de Araçatiba, com 63
mil metros quadrados, em Paraty, no Rio de Janeiro. O MP investiga se o
patrimônio é compatível com sua renda, de pouco mais de R$ 26.500 mil
por mês.
Marinho atua no TCE há 17 anos e, recentemente, disse que não sairia da cadeira
do TCE, onde tem poder justamente para investigar as contas públicas do
Estado e dos municípios paulistas. O conselheiro nega ter recebido
propina da Alstom no Brasil e na Suíça.
Brasil 247
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