Em entrevista a Alberto Dines, do Observatório da
Imprensa, o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto
Marinho, afirma ser incomparável a situação da mídia no Brasil e na
Inglaterra, onde tabloides foram punidos por invadir a privacidade de
pessoas públicas; "Quando se fala que devíamos ter um conselho externo,
para ver se estamos cumprindo a autorregulação... na Inglaterra tinha
tudo isso e essas coisas não funcionam. O que funciona é a preferência e
a confiança do leitor", diz ele; assista
247 – Em entrevista a Alberto Dines,
apresentador do programa Observatório da Imprensa, na TV Brasil, o
jornalista João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo,
se coloca contra a autorregulação da mídia. "Essas coisas não
funcionam", diz ele. A entrevista foi ao ar em junho de 2013, mas voltou
a ser transmitida na série especial comemorativa dos 15 anos do
programa.
O herdeiro do jornalista Roberto Marinho afirma ser incomparável a
situação da mídia no Brasil e na Inglaterra, por exemplo, onde tabloides
invadiram a privacidade de personalidades públicas ao grampearem seus
telefones celulares e foram parar na Justiça e até fechados, como o News
of The World, do grupo do magnata Rupert Murdoch.
João Roberto Marinho diz achar "complicado comparar" o Brasil com
outros países. "Se um grupo de jornal [brasileiro] fizesse o que 10, 20%
do que os tabloides ingleses fazem, o povo iria para a rua, iria
apedrejar nossos prédios", afirma. Ele ressalta que quando algum caso
chega à Justiça, "a lei inglesa privilegia a liberdade de expressão
total. E é assim que deve ser".
Questionado sobre a responsabilidade dessa liberdade de expressão, o
jornalista responde: "claro, exige responsabilidade, impede racismo,
incitação à violência, como no Brasil, se nós incitarmos a violência, o
Ministério Público entrará contra nós e iremos para a Justiça".
"Quando se fala de autorregulação, de que devíamos ter um conselho
externo, para ver se estamos cumprindo a autorregulação... na Inglaterra
tinha tudo isso e essas coisas não funcionam. O que funciona é a
preferência e a confiança do leitor", continua ele. Assista abaixo à
íntegra da entrevista:
Brasil 247
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