Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
A
27 dias da abertura da Copa do Mundo, o Ministério da Justiça informou
que, em pelo menos oito localidades brasileiras, a Força Nacional de
Segurança Pública ajudará as forças policiais locais e federais a
reforçar a segurança de brasileiros e turistas. Do total, duas são
cidades-sede – Natal e Cuiabá – e seis são pontos de rodovias
considerados estratégicos.
A pedido dos
governos do Rio Grande do Norte e de Mato Grosso, equipes da força
especial serão enviadas nos próximos dias para Natal e Cuiabá, duas das
12 cidades-sede da competição, que também será disputada em Belo
Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, no
Recife, Rio de Janeiro, em Salvador e São Paulo.
Além
disso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) solicitou à Secretaria
Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, o apoio da
Força Nacional em seis pontos de rodovias federais que dão acesso às
cidades-sede. De acordo com a secretária nacional de Segurança Pública,
Regina Miki, os seis locais foram considerados estratégicos pela PRF,
que já atuou conjuntamente com a Força Nacional em ocasiões como a Copa
das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, em 2013.
Durante
a cerimônia de formatura dos últimos 600 homens e mulheres a receberem
capacitação para atuar no Mundial, realizada hoje (17), em frente ao
Ministério da Justiça, em Brasília, a secretária confirmou à Agência Brasil que,
pela primeira vez, guarda-vidas que integram a Força Nacional vão
reforçar a vigilância dos banhistas. Por enquanto, esse reforço está
confirmado apenas em Natal, mas Regina Miki garantiu que todos os
estados que pedirem o auxílio de guarda-vidas serão atendidos.
“O
governo do Rio Grande do Norte pediu que enviássemos 100 guarda-vidas e
estamos atendendo. Temos absoluta certeza de que os turistas que nos
visitarem vão desfrutar de nossas praias e, por isso, enviaremos
guarda-vidas para se somarem aos que já existem no estado para garantir
[a segurança dos banhistas]”, destacou a secretária.
Cedidos
por diferentes forças policiais de vários estados, os 600 militares que
integram a última turma a concluir o curso de instrução ministrado na
base da Força Nacional, no Gama (DF), vão se integrar ao efetivo que
atuará na Copa. O efetivo total que será empregado vem sendo mantido em
sigilo pelo ministério. A secretária, contudo, garante que as
necessidades serão atendidadas e que todo o pessoal estará preparado
para apoiar as operações conjuntas.
“Temos um
cadastro de 10,6 mil profissionais da segurança pública e os chamaremos
conforme as necessidades. Posso garantir que temos condições de apoiar
todos os estados, as polícias federais e, se for preciso, até mesmo a
Forças Armadas”, garantiu a secretária.
Durante
a cerimônia, o diretor-geral da Força Nacional, coronel Alexandre
Aragon, explicou que, ao passar pelo curso de instrução de nivelamento
de conhecimento, os profissionais são informados dos protocolos
operacionais da força e são preparados para lidar com distúrbios civis.
Dirigindo-se aos militares, Aragon disse que eles são “a última linha de
defesa da segurança pública”. “Se vocês falharem, passa a ser questão
de segurança nacional. Passa a ser com as Forças Armadas”.
Criada
há dez anos, a Força Nacional já participou de 146 operações especiais
em todo o país. Atualmente, há 29 operações em curso, entre elas o apoio
às polícias pernambucanas a fim de restabelecer a ordem após os saques
registrados na região metropolitana de Recife, nos últimos dias. Ao
longo de uma década, nove policias morreram em acidentes de trabalho ou
operações.
Agência Brasil
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