terça-feira, 13 de maio de 2014

Geraldo, faça como a Dilma: visite as obras contra a seca. Ué, não tem? Só filme na TV?

13 de maio de 2014 | 16:11 Autor: Fernando Brito
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A presidenta Dilma Rousseff visitou as obras do trecho 1N do Projeto de Transposição das Águas do São Francisco na Paraíba, que vai até o reservatório de Jati, no Ceará


Está com 64% das obras concluídas e terá trechos em operação no final deste ano e liga Cabobró, em Pernambuco, ao Reservatório de Jati, no Ceará, através da Paraíba.


Depois de uma série de problemas no período de  Fernando Bezerra Coelho, homem de confiança de Eduardo Campos no Ministério da Integração Nacional, o projeto engatou e as obras funcionam 24 horas, sem parar à noite, como você vê na imagem do trecho entre Mauriti (Ceará) e São José das Piranhas (Paraíba).


São dois eixos: o Norte com 260 km de extensão, 3 estações de bombeamento, 9 aquedutos, 3 túneis e 15 reservatórios de pequeno porte e o Leste, com 217 km de comprimento, 6 estações de bombeamento, 5 aquedutos, um túnel e 12 reservatórios.


O governador Geraldo Alckmin também visitou as obras de combate à seca em São Paulo.
Ele foi ao… onde?


Não foi, é claro, a lugar nenhum.
Porque não há obra alguma.
Nem as bombas d’água que vão chupar o fundo das represas são mostradas, porque é algo tão improvisado e mambembe que não impressiona ninguém.


Quem já viu me contou que são uns mangueirões adaptados a balsas.
Como se diz aqui no Rio, uma “gambiarra”, que não dá nem pra ficar mostrando.
Enquanto isso a Sabesp lança um filmezinho na televisão.
É a seca a culpada, mas o paulistano é “antes de tudo um forte” e vai resistir.
“Paulista é aquele que nasceu para vencer, faça chuva ou faça sol”.
Lindo, pura poesia.


Informação? Zero. Providências? Zero. Obras para resolver? Zero.
Só um “paulistriotismo” de ocasião.
É por isso que Dilma soltou hoje, na entrevista que concedeu , uma espetadela, dizendo  que o Brasil é “engraçado”: quem nunca fez obras quando pôde, desanda a criticar as obras de quem faz, quando pode.
Ah, a realidade, que coisa triste esta tal realidade que teima em mexer com as “verdades” na nossa mídia.


Tijolaço

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