Advogado criminalista José Gerardo Grossi, que
ofereceu um emprego a José Dirceu em seu escritório, criticou o veto do
presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, à autorização
de trabalho externo ao petista: 'A visão de justiça penal dele é
torquemadesca, ultramontana. Interlocução é impossível'; segundo ele,
Barbosa, já ministro do STF, foi seu cliente e que, por isto, devia
saber' que não é advogado de complacências ou cumplicidades"
247 - O advogado criminalista José Gerardo
Grossi, que ofereceu um emprego a José Dirceu em seu escritório,
criticou o veto do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa, à autorização de trabalho externo ao petista.
"A visão de justiça penal dele é torquemadesca, ultramontana",
afirmou em nota. Ele se referia a Tomás de Torquemada, inquisidor
espanhol do século 15; e à doutrina católica que defende o poder
absoluto do papa e a impossibilidade de o pontífice errar em questões de
moral e fé. "Interlocução com Barbosa é impossível", diz.
Apesar de ter sido condenado na AP 470 a 7 anos e 11 meses de prisão
em regime semiaberto, Barbosa entendeu que Dirceu não pode trabalhar
fora do presídio por não ter cumprido um sexto da pena. Na decisão, ele
afirma que a oferta de emprego com salário de R$ 2.100 não passou de uma
"ação de complacência entre amigos".
Grossi rebate dizendo que Barbosa, já ministro do STF, foi seu
cliente e que, por isto, devia saber' que não é advogado de
complacências ou cumplicidades": "De juiz, eu não cobro. Eles não ganham
o suficiente para te pagar. Se tiver dinheiro, melhor largar o caso",
completou.
Leia aqui na matéria de Natuza Neryde.
Brasil 247
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