15/01/2014 - 18h05
Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Educação (MEC) descartou a federalização
da Universidade Gama Filho e da Centro Universitário da Cidade
(UniverCidade), ambas geridas pelo Grupo Galileo e descredenciadas
na segunda-feira (13). Em nota, o ministério diz que não é possível
contratar os professores e os funcionários administrativos sem concurso
público, e que não há base jurídica para os estudantes ingressarem em
universidades públicas sem passar por processo seletivo.
"Não existe qualquer amparo constitucional e legal para a contratação
dos cerca de 1,6 mil professores e aproximadamente mil
técnicos-administrativos das instituições sem concurso público", diz e
acrescenta: "Não reconhecemos base jurídica para que cerca de 12 mil
estudantes da Gama Filho e UniverCidade possam ingressar em qualquer
universidade pública desconsiderando o processo seletivo em curso, o
Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que teve mais de 2,5 milhões de
inscritos no Brasil, sendo 479.496 nas universidades públicas do Rio de
Janeiro. Considerando ainda que em todas as instituições públicas do Rio
de Janeiro foram oferecidas 16.740 vagas".
A nota foi divulgada após o apoio dado por reitores à federalização
das universidades do Grupo Galileo. Ontem (13), os dirigentes das
universidades Federal do Rio (Uni-Rio), Federal Rural do Rio (UFRRJ), da
Federal Fluminense (UFF), da Federal do Rio (UFRJ) e do Centro Federal
de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) se disseram
preocupados com a qualidade da educação e a responsabilidade do governo
federal no credenciamento e acompanhamento das instituições da educação
superior no país.
O MEC diz que "os reitores do Rio de Janeiro jamais apresentaram ao
MEC esta suposta proposta de federalização" e que "em conjunto com a
Procuradoria Federal de Direito de do Cidadão, continuará encaminhando a
transferência assistida por meio de edital público, com acompanhamento
dos estudantes, pais e comunidade acadêmica. Para que com esse trabalho
responsável e com respaldo jurídico, na retomada do ano letivo, os
estudantes tenham sua situação acadêmica normalizada".
Agência Brasil
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