qui, 24/04/2014 - 11:41
- Atualizado em 24/04/2014 - 11:41

A liminar foi expedida na noite desta quarta-feira (23) e está aberta
a apresentação de recursos. O governo deve recorrer da decisão e fazer
com que o mérito da causa seja julgado pelo demais ministros do STF, sem
prazo certo, o que pode protelar a instalação da CPI.
Em sua decisão, a ministra sustentou que está garantido à minoria o
direito de criar CPIs para investigar irregularidades cometidas pelo
Poder Executivo. O argumento é praticamente uma resposta à atitude a
Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, que tentou atender à
maioria governista dando sinal verde a uma CPI ampla.
A ala de situação, que também recorreu ao STF, pretendia emplacar na
CPI outros temas, como investigações sobre a formação de cartel nas
licitações dos trens do Metrô e CPTM, durante governos tucanos em São
Paulo, e as obras do Porto de Suape, em Pernambuco. Dessa forma, os
partidos dos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB)
também entrariam na mira da CPI.
Como é corriqueiro no Legislativo, algumas manobras podem empurrar a
abertura da CPI. Além de apresentação de recursos junto ao Supremo, os
parlamentares que apoiam Dilma podem demorar para indicar os membros da
comissão, além de estender a discussão sobre quem ocupará os principais
cargos no grupo: presidência e relatoria.
Depoimentos
Independente de uma CPI da Petrobras oficial, a bancada governista
tem apoiado a promoção de audiências no Congresso com os principais
atores da compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, um dos
assuntos mais utilizados como bandeira pela oposição. Sobre o assunto já
falaram Graça Foster, atual presidente da Petrobras, e Nestor Cerveró,
ex-diretor internacional da companhia. Sérgio Gabrielli, presidente à
época da compra, também aceitou convite para depor sobre Pasadena.
Blog do Luis Nassif
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