segunda-feira, 28 de abril de 2014

Dívida Pública Federal fica praticamente estável em março

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade
 
 
O vencimento de títulos vinculados aos juros básicos fez a Dívida Pública Federal (DPF) ficar praticamente estável em março. De acordo com dados divulgados hoje (28) pela Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF fechou o mês passado em R$ 2,081 trilhões, com alta de 0,64% (R$ 3 bilhões) em relação a fevereiro.


A dívida pública mobiliária (em títulos públicos) interna subiu de R$ 1,975 trilhão para R$ 1,990 trilhão. Isso ocorreu porque, apesar de ter resgatado R$ 3,21 bilhões em títulos a mais do que emitiu, o Tesouro reconheceu R$ 18,5 bilhões em juros. O reconhecimento se dá porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.


A dívida pública externa encerrou março em R$ 90,51 bilhões, com queda de 2,11% em relação ao valor de fevereiro, quando tinha atingido R$ 92,46 bilhões. A redução foi puxada pela queda de 3,02% do dólar no mês passado.


O principal fator que contribuiu para a estabilidade da dívida pública em março foi o alto vencimento de títulos vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia). No mês passado, os vencimentos corresponderam a R$ 61,6 bilhões, dos quais R$ 61,3 bilhões referem-se a papéis corrigidos pelos juros básicos.


Apesar de a DPF estar abaixo do recorde de R$ 2,123 bilhões registrado em dezembro, o próprio Tesouro reconhece que o valor voltará a subir nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado no fim de março, a tendência é que o estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano entre R$ 2,17 trilhões e R$ 2,32 trilhões.


Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.


Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário