Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
O vencimento de títulos
vinculados aos juros básicos fez a Dívida Pública Federal (DPF) ficar
praticamente estável em março. De acordo com dados divulgados hoje (28)
pela Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF fechou o mês passado em R$
2,081 trilhões, com alta de 0,64% (R$ 3 bilhões) em relação a fevereiro.
A
dívida pública mobiliária (em títulos públicos) interna subiu de R$
1,975 trilhão para R$ 1,990 trilhão. Isso ocorreu porque, apesar de ter
resgatado R$ 3,21 bilhões em títulos a mais do que emitiu, o Tesouro
reconheceu R$ 18,5 bilhões em juros. O reconhecimento se dá porque a
correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é
incorporada gradualmente ao valor devido.
A dívida pública
externa encerrou março em R$ 90,51 bilhões, com queda de 2,11% em
relação ao valor de fevereiro, quando tinha atingido R$ 92,46 bilhões. A
redução foi puxada pela queda de 3,02% do dólar no mês passado.
O
principal fator que contribuiu para a estabilidade da dívida pública em
março foi o alto vencimento de títulos vinculados à taxa Selic (juros
básicos da economia). No mês passado, os vencimentos corresponderam a R$
61,6 bilhões, dos quais R$ 61,3 bilhões referem-se a papéis corrigidos
pelos juros básicos.
Apesar de a DPF estar abaixo do recorde de
R$ 2,123 bilhões registrado em dezembro, o próprio Tesouro reconhece que
o valor voltará a subir nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual
de Financiamento (PAF), divulgado no fim de março, a tendência é que o
estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano entre R$ 2,17 trilhões e R$ 2,32 trilhões.
Por
meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores
recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os
recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência,
no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da
inflação ou do câmbio.
Agência Brasil
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