Durante jantar realizado ontem com jornalistas
esportivos, a presidente Dilma Rosseff falou sobre a Copa de 2014, mas
também sobre política e a pressão relacionada ao movimento "Volta,
Lula"; "Ninguém vai conseguir me separar do Lula ou ele de mim. Sei da
lealdade dele, e ele, da minha. Isso não me pega", enfatizou a
presidente; ela afirmou ainda que, se dependesse do governo federal, a
Copa seria feita com seis estádios; existem 12, diz ela, porque a Fifa
negociou diretamente com governadores estaduais
247 - Durante
um jantar com jornalistas esportivos, que durou mais de quatro horas,
ontem no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff fez revelações
importantes sobre a Copa do Mundo de 2014 e também falou sobre as
eleições deste ano.
No capítulo política, a frase mais
importante foi sobre sua relação com o ex-presidente Lula, que vem sendo
assediado por parlamentares da base aliada a se lançar ao Palácio do
Planalto já em 2014. "Ninguém vai conseguir me separar do Lula ou ele de
mim. Sei da lealdade dele, e ele, da minha. Isso não me pega",
enfatizou a presidente.
Ao comentar a Copa que se aproxima,
ela fez uma revelação. Disse que, se dependesse do governo federal, o
Mundial seria realizado com apenas seis arenas – e não 12. Apesar disso,
ela afirmou que não haverá elefantes brancos. "O governo não decidiu
isso. Foi a Fifa com os estados. Mas foi bom ter os 12. Se não fosse a
Copa, Cuiabá, por exemplo, não estaria recebendo tantas obras de
mobilidade urbana. O estádio das Dunas, em Natal, valorizou os imóveis
ao seu redor, atraiu lojas. O de Manaus terá cinemas, comércio, vai dar
diversão à população", disse ela.
A presidente também disse que o
governo está preparado para conter eventuais protestos. "Não temos medo.
Todos aprendemos com junho de 2013. Na Copa das Confederações, a
polícia pesou a mão", afirmou.
Na declaração mais polêmica do
encontro, ela falou sobre o Mais Médicos. "Os médicos cubanos são mais
atenciosos do que os brasileiros. São os preferidos dos prefeitos".
Brasil 247
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