Segundo o ministro das Relações Institucionais,
movimento liderado pela bancada do PR na Câmara é "real, porém
minoritário"; para Ricardo Berzoini, a ideia não tem "sentido prático",
uma vez que a presidente Dilma Rousseff será candidata à reeleição; "Não
é razoável que agora entremos nesse debate, porque ele não tem muito
senso prático, com todo o respeito àquelas pessoas que defendem o 'Volta
Lula'", afirmou o ministro, durante café da manhã com jornalistas essa
manhã; as pessoas sabem, disse ainda Berzoini, muito além de qualquer
manifestação de apreço por Lula ou Dilma, que esta é uma discussão de
estratégia política; "A presidenta Dilma tem o direito da reeleição e
certamente vai exercer esse direito"
Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo
Berzoini, disse hoje (30) que o movimento "Volta Lula", liderado pelo
PR, sugerindo a indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
como candidato às eleições de outubro, é "real, porém minoritário". Para
Berzoini, a ideia não tem "sentido prático", uma vez que a presidenta
Dilma Rousseff será candidata à reeleição.
"O sentimento do 'Volta Lula' tem uma base real, porém minoritária,
no mundo político, porque as pessoas sabem, muito além de qualquer
manifestação de apreço pelo Lula e pela presidenta Dilma, que esta é uma
discussão de estratégia política. A presidenta Dilma tem o direito da
reeleição e certamente vai exercer esse direito com o apoio do PT e de
vários outros partidos", disse o ministro em café da manhã com
jornalistas.
"Não é razoável que agora entremos nesse debate, porque ele não tem
muito senso prático, com todo o respeito àquelas pessoas que defendem o
'Volta Lula'", acrescentou.
Mais cedo, em entrevista a rádios da Bahia, onde cumpre agenda, Dilma
disse que considera "normal" o manifesto do PR pedindo a volta de Lula,
mas que será candidata tendo ou não o apoio da base aliada.
Segundo Berzoini, a coalizão para apoiar a candidatura de Dilma à
reeleição está sendo consolidada. "Temos um diálogo com todos os
partidos que, no nosso entendimento, caminha para uma ampla coalizão. Já
temos partidos que anunciaram apoio, outros que estão em vias de
anunciar e outros que têm um processo decisório um pouco mais lento,
masque também estão dialogando conosco no sentido de anunciar",
ponderou.
O governo também aposta nos programas sociais e nas medidas
econômicas adotadas durante a crise mundial – sem corte de renda ou
empregos – para dar sustentabilidade ao projeto de reeleição de Dilma,
segundo Berzoini.
"Os resultados da presidenta Dilma, assim como os resultados do
presidente Lula, são positivos para a sociedade, a quantidade de
programas sociais, de investimentos, como o Minha Casa, Minha Vida e o
Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego], que
são programas relevantes e quem têm importância efetiva da vida das
pessoas. Acreditamos que no momento em que a população estiver diante da
opção real, vai levar em conta todas essas questões", avaliou.
Berzoini criticou o pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo
Campos, por, segundo ele, fazer críticas sem apresentar propostas, e por
formar alianças com nomes a quem sempre fez oposição, como os
ex-senadores Jorge Bornhausen (DEM) e Heráclito Fortes (ex-DEM e atual
PSB).
Brasil 247
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