20 de abril de 2014 | 14:14 Autor: Fernando Brito
Será que o futuro do Brasil pode ser decidido – ou voltar a ser decidido – em jantares nos Jardins paulistanos?
Pois parece que a melhor fonte de informação das articulações de
campanha de Aécio Neves, em lugar das páginas de política é nas colunas
sociais, mais especificamente as que narram os potins (recordem-se de Ibrahim Sued, que chamava assim aos mexericos) ocorridos no apartamento do socialite João Dória Júnior.
Foi lá que, há duas semanas, o site de “ricos e famosos” Glamurama, do
UOL, se apresentou o quem-sabe-e-deus-nos-livre Ministro da Fazenda de
Aécio, o indelével Armírio Fraga, naquele jantar onde se prometeu aos
“papa-fina” as tais medidas impopulares que não se conta para a turma
que, no dizer de Horácio Lafer Piva, “vota com o estômago”.
Agora, novo ágape tucano no mesmo apê, e no Glamurama, diário oficial do pessoal da cobertura – um andar acima do andar de cima do Elio Gáspari – e confirma-se que Mara Gabrilli é a vice favorita do alto tucanato.
Com todo o respeito pela história de superação pessoal da deputada, é
incrível que o destino de um país de 200 milhões de habitantes seja
decidido nestes eventos sociais da nata financeira, com as mãos
devidamente banhadas em lavanda.
A nossa Corte tupiniquim, com seus condes, barões e duques da grana, ainda acha que é possível governar um país sem povo.
E o pior é que alguns na esquerda passaram a achar que é preciso apenas ser “gestor” para bem administrar.
Muitos acham que a política é “suja”, e até é, em muita coisa que deve ser combatida.
É que não imaginam o quanto são sujos estes ambientes “limpinhos” do dinheiro grosso.
Tijolaço
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