Oposição tem um longo feriado para refletir se 
leva ou não adiante a estratégia de uma CPI exclusiva sobre a Petrobras;
 depoimento daquele que era esperado como "homem-bomba" frustrou 
expectativas; além de confirmar a versão da presidente Dilma Rousseff 
sobre a compra da refinaria de Pasadena, o ex-diretor Nestor Cerveró não
 acrescentou um elemento capaz de incendiar o Congresso; desânimo foi 
estampado nas páginas dos jornais que estão entrincheirados contra o 
Planalto
247 - A estratégia da oposição era clara. Claríssima.
Com o depoimento do ex-diretor da 
Petrobras, Nestor Cerveró, nesta quarta-feira, a ministra Rosa Weber, do
 Supremo Tribunal Federal, não teria alternativa a não ser ceder ao 
suposto clamor popular pela CPI exclusiva sobre a estatal.
A montanha, no entanto, pariu um rato.
E o depoimento de Cerveró, chocho, frustrou as expectativas dos mais aguerridos oposicionistas.
A começar pelos jornalões, que hoje estão entrincheirados contra o Palácio do Planalto.
Todos eles reconhecem que o depoimento do ex-diretor foi um banho de água fria.
Para o Globo, Cerveró "poupou" 
Dilma. O fato concreto, porém, era outro. Cerveró não poupou a 
presidente. Apenas não tinha elementos para mentir e incriminá-la 
impunemente.
No Estado de S. Paulo, Cerveró 
explicitou a fragilidade de sua posição, ao dizer que as cláusulas 
polêmicas do contrato de Pasadena – put option e marlim, que obrigavam a
 Petrobras a comprar a metade dos belgas da Astra e garantiam 
remuneração mínima aos sócios – eram irrelevantes e não precisavam ser 
levadas ao conselho de administração.
Mas, como, irrelevantes? Foi 
justamente ao descobri-las que a presidente Dilma Rousseff mandou 
desfazer o negócio, ainda como presidente do conselho.
A Folha, por sua, vez foi mais sincera. Cerveró frustrou a oposição, noticiou o jornal da família Frias.
Agora, os oposicionistas têm um longo feriado para refletir sobre a melhor estratégia a seguir.
Vão insistir com uma CPI desde já 
esfriada pelo depoimento frágil de Cerveró, correndo o risco de ser 
acusados de contribuir para prejudicar a imagem da Petrobras, empresa 
que simboliza o orgulho nacional?
Se a CPI não vai levar a lugar algum e não será suficiente para colocar a presidente Dilma em xeque, qual será sua serventia?
A resposta virá da oposição depois da Semana Santa.
Brasil 247 
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