terça-feira, 6 de maio de 2014

Alstom: MP, enfim, denuncia braço direito de Covas

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Ministério Público Estadual afirmou ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo que o conselheiro Robson Marinho, chefe da Casa Civil no governo Mário Covas (PSDB), foi beneficiado em esquema de propina na área de energia; membro do TCE recebeu, segundo o MP, "pagamento de vantagens ilícitas" no caso Alstom; no ofício, os promotores Silvio Antonio Marques e José Carlos Blat aconselham o corregedor-geral do TCE, Dimas Ramalho, a solicitar documentos que incriminem Marinho e que estão atualmente sob segredo de Justiça; conselheiro tem US$ 1,1 milhão bloqueados na Suíça, mas nega ter recebido propina
6 de Maio de 2014 às 10:28


SP 247 – O Ministério Público Estadual denunciou ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo que o conselheiro Robson Marinho foi beneficiado em esquema de propina na área de energia nos anos 1990, quando era chefe da Casa Civil no governo do tucano Mário Covas. Segundo ofício enviado por dois promotores ao TCE, Marinho recebeu "pagamento de vantagens ilícitas" no caso Alstom.


Segundo reportagem do jornalista Fausto Macedo, o pagamento de propina se refere ao contrato Gisel, empreendimento da antiga Eletropaulo. O atual conselheiro do TCE tem US$ 1,1 milhão bloqueados na Suíça, mas sempre negou ter participado de esquema de propina. Autoridades suíças já haviam atestado que Marinho recebeu propina para julgar regulares os contratos da multinacional francesa no governo paulista.


No ofício, os promotores Silvio Antonio Marques e José Carlos Blat, responsáveis pela investigação sobre o enriquecimento ilícito do membro do TCE, aconselham o corregedor-geral do órgão, a quem é endereçado o documento, Dimas Ramalho, a pedir documentos na Justiça e a um departamento do ministério da Justiça que incriminem Marinho. Os documentos estão atualmente sob segredo de Justiça, "mas podem ser solicitados", afirmam.


Eles também indicam, por meio do ofício 1243/14, autoridades e respectivas instâncias que detêm documentos que provam o envolvimento de Marinho no esquema. No final de março, a Promotoria do Patrimônio já pedia para que o corregedor do TCE adotasse medidas para investigar Marinho, mas este respondeu que as provas existentes não indicavam o envolvimento do conselheiro no esquema. Em resposta, os promotores reiteram, desta vez, que Dimas Ramalho pode solicitar as provas em juízo.


Brasil 247

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