Ministério Público Estadual afirmou ao Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo que o conselheiro Robson Marinho, chefe
da Casa Civil no governo Mário Covas (PSDB), foi beneficiado em esquema
de propina na área de energia; membro do TCE recebeu, segundo o MP,
"pagamento de vantagens ilícitas" no caso Alstom; no ofício, os
promotores Silvio Antonio Marques e José Carlos Blat aconselham o
corregedor-geral do TCE, Dimas Ramalho, a solicitar documentos que
incriminem Marinho e que estão atualmente sob segredo de Justiça;
conselheiro tem US$ 1,1 milhão bloqueados na Suíça, mas nega ter
recebido propina
SP 247 – O Ministério Público Estadual denunciou
ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo que o conselheiro Robson
Marinho foi beneficiado em esquema de propina na área de energia nos
anos 1990, quando era chefe da Casa Civil no governo do tucano Mário
Covas. Segundo ofício enviado por dois promotores ao TCE, Marinho
recebeu "pagamento de vantagens ilícitas" no caso Alstom.
Segundo reportagem do jornalista Fausto Macedo,
o pagamento de propina se refere ao contrato Gisel, empreendimento da
antiga Eletropaulo. O atual conselheiro do TCE tem US$ 1,1 milhão
bloqueados na Suíça, mas sempre negou ter participado de esquema de
propina. Autoridades suíças já haviam atestado que Marinho recebeu propina para julgar regulares os contratos da multinacional francesa no governo paulista.
No ofício, os promotores Silvio Antonio Marques e José Carlos Blat,
responsáveis pela investigação sobre o enriquecimento ilícito do membro
do TCE, aconselham o corregedor-geral do órgão, a quem é endereçado o
documento, Dimas Ramalho, a pedir documentos na Justiça e a um
departamento do ministério da Justiça que incriminem Marinho. Os
documentos estão atualmente sob segredo de Justiça, "mas podem ser
solicitados", afirmam.
Eles também indicam, por meio do ofício 1243/14, autoridades e
respectivas instâncias que detêm documentos que provam o envolvimento de
Marinho no esquema. No final de março, a Promotoria do Patrimônio já
pedia para que o corregedor do TCE adotasse medidas para investigar
Marinho, mas este respondeu que as provas existentes não indicavam o
envolvimento do conselheiro no esquema. Em resposta, os promotores
reiteram, desta vez, que Dimas Ramalho pode solicitar as provas em
juízo.
Brasil 247
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