A presidenta Dilma Rousseff participa, nesta quarta-feira (7), da
cerimônia de premiação da 9ª Olimpíada Brasileira de Matemática das
Escolas Públicas (OBMEP), no Rio de Janeiro. No evento, os 500 alunos
com melhores notas no processo de seleção serão premiados com medalhas
de ouro. No total, 18,7 milhões de estudantes de mais de 47 mil escolas
participaram da disputa. Todos os alunos entre o 6º e o 9º ano do ensino
fundamental e dos três anos do ensino médio estão aptos a competir.
Para o coordenador geral da OBMEP, professor Cláudio Landim, a olimpíada
fortalece o ensino em todo o país.
“A missão da OBMEP é, além da melhoria do ensino matemático, incentivar o estudo nas escolas públicas”, afirmou o professor.
Nesta edição, a olimpíada premiou 6.000 alunos com medalhas (500
medalhistas de ouro, 900 de prata e 4.600 de bronze) e cerca de 46.200
com menções honrosas. Os alunos premiados com medalhas foram convidados a
participar do Programa de Iniciação Científica Júnior da OBMEP, com
bolsa do CNPq no valor de R$ 100,00. Para a aluna Ana Catarina Vitorino,
17, o sucesso na olimpíada se transformou em uma bolsa de estudos nos
Estados Unidos. A moradora de São Pedro da Aldeia, no interior do Rio de
Janeiro, vai receber sua terceira medalha de ouro para, ainda este ano,
terminar o último ano do ensino médio no exterior.
“Entre os fatores que eles avaliam, um dos mais importantes é o currículo do aluno. Então eu tenho certeza de que se não fossem minhas medalhas na olimpíada de matemática, eles não me veriam como uma boa aluna, não me veriam como uma candidata tão forte. Então provavelmente eu não teria ganhado a bolsa. Eu devo essa oportunidade que eu tive agora de estudar no exterior e me formar, e voltar pra casa com um currículo mais forte, não só ao OBMEP, mas a tudo que o OBMEP me trouxe depois disso”, disse Ana Catarina.
Já a estudante Grabriella Maria Radke, 16, que está no 3 ano do
ensino médio, possui quatro medalhas (duas de ouro) em sete
participações na OBMEP. A olimpíada abriu caminho para que a catarinense
de Joinville pudesse fazer diversos cursos de matemática, inclusive no
exterior. Por isso, ela já decidiu qual carreira seguir.
“Sempre tive vontade, mas eu ficava ‘será que faço engenharia? será que em matemática eu serei bem sucedida?’. E ano passado eu tive a certeza de que eu vou mesmo fazer matemática”, afirmou Grabriella.
Maria Laura, 16, saiu de sua cidade natal, Mata de São João – BA,
povoado com aproximadamente 2 mil pessoas, para morar em Lauro de
Freitas, região metropolitana de Salvador, com o intuito de estudar em
uma escola melhor. Com quatro medalhas na OBMEP (três de ouro), Maria
conta com o incentivo dos pais para continuar se destacando e cursar o
sonhado curso de Engenharia da Computação.
“Meus pais sempre me disseram ‘filha, estude para você ser alguém na vida’. Meu pai, apesar de não estar tão perto, sempre me ligava. Acho que eu não teria conseguido se não fossem eles. Eles estão o tempo todo do meu lado. Porque não basta apenas estudar, ficar devorando o conteúdo, tem que ter alguém para ajudar a gente, pra cuidar da gente e acreditar nos nossos sonhos. Meus pais ficam mais alegres do que eu mesmo quando eu ganho uma medalha”, disse Maria Laura.
Blog do Planalto
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