segunda-feira, 5 de maio de 2014

Pimentel: indústria de fertilizantes em Uberaba dá soberania ao campo

:
Pré-candidato do PT ao governo de Minas diz que a unidade da Petrobras em Uberaba vai acabar com dependência externa de fertilizantes; "Atualmente, importamos algo em torno de 55% dos fertilizantes de que a nossa agricultura necessita. No ano passado, foram quase 69 mil toneladas. Com a fábrica de Uberaba, passaremos a suprir internamente mais de 80% do mercado. Somos a mais poderosa potência agrícola do mundo e a nossa dependência externa de fertilizantes era um risco para a nossa soberania", disse ele
4 de Maio de 2014 às 16:26


Do Pautando Minas - Em reunião com líderes políticos neste domingo, em Belo Horizonte, Fernando Pimentel afirmou que a planta de amônia que a Petrobras começa a erguer em Uberaba, batizada de Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados José Alencar (FAFEN-JA), "vai garantir a soberania brasileira na produção de alimentos". A amônia é a base da fabricação de fertilizantes nitrogenados, usados no cultivo de milho, cana de açúcar e café, entre outros.


"Atualmente, importamos algo em torno de 55% dos fertilizantes de que a nossa agricultura necessita. No ano passado, foram quase 69 mil toneladas. Com a fábrica de Uberaba, passaremos a suprir internamente mais de 80% do mercado. Somos a mais poderosa potência agrícola do mundo e a nossa dependência externa de fertilizantes era um risco para a nossa soberania", sustentou Pimentel, ao lembrar que o ex-vice-presidente da República José Alencar foi um dos primeiros a alertar o então presidente Lula sobre a importância da fábrica.


Partiu de Pimentel e do prefeito de Uberaba, Paulo Piau (PMDB) e do ex-presidente a ideia de homenagear Alencar batizando a unidade de fertilizantes com o nome do empresário. Será o maior investimento já feito no município – R$ 1,95 bilhão. Quando entrar em operação, em 2017, a unidade de fertilizantes terá capacidade de produzir 519 mil toneladas de amônia por ano.


A fábrica vai retirar de circulação mais de 100 caminhões carregados com o insumo que deixam diariamente o Porto de Santos e cruzam as estradas mineiras para abastecer as fábricas da cidade. Uberaba é hoje o maior polo de fertilizantes do Brasil. Por isso, Alencar sempre se posicionou a favor da instalação do empreendimento na cidade, segundo Pimentel. "O Zé sempre foi muito persuasivo, muito combativo nas suas posições. Convenceu o ex-presidente Lula e o Gabrielli (Sérgio Gabrielli,então presidente da Petrobras) da necessidade do investimento", lembrou.


A decisão, no entanto, esbarrou no fornecimento do gás natural, matéria-prima na fabricação da amônia. "O trajeto mais curto e mais barato para a construção de um gasoduto capaz de abastecer a unidade de Uberaba envolvia negociações entre os governos de Minas e São Paulo. Essa disputa atrasou o investimento. Após tratativas entre Gasmig e Petrobras, no entanto, mudou-se o trajeto do gasoduto, que, agora, será inteiramente mineiro", recordou Pimentel, que, como ministro do Desenvolvimento do governo Dilma, foi um dos articuladores do investimento.


Interligado ao Sistema Gasbel, o gasoduto terá 470 quilômetros, saindo da cidade de Queluzito (MG) em direção ao município de Uberaba. A previsão é de que esteja concluído em 2016. As obras da planta de amônia já começaram. A área onde será erguida a fábrica já foi terraplanada. A Petrobras já tem 40 engenheiros morando em Uberaba e treinou, até aqui, mil pessoas para o projeto. A construção deve gerar 3.700 empregos diretos.


Expozebu

Neste sábado, Pimentel prestigiou os 80 anos da Expozebu, feira que é referência mundial em comércio e melhoramento genético de gado zebu. "Já faz parte do calendário internacional do setor e a presença aqui é obrigatória. Mostra a força da nossa agropecuária, dos nossos produtores e como a associação entre os setores público e privado pode resultar em ganhos de larga escala para todos", disse o ex-ministro, ao lembrar parceria de 11 anos entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos e a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), organizadora do evento.


Em 2003, as duas entidades firmaram uma parceria para a abertura de novos mercados para o material genético do gado Zebu brasileiro e para as tecnologias brasileiras ligadas à pecuária bovina, contemplando segmentos como os de inseminação, biotecnologia, animais vivos, sementes para pastagens, nutrição animal, produtos veterinários, educação, fazendas e equipamentos.


Entre as ações previstas no projeto, figuram a realização e o apoio à participação dos associados em feiras nacionais e internacionais, a melhoria da imagem dos produtos nacionais, missões empresariais a outros países, estudos de inteligência comercial e rodadas de negócios. No primeiro ano do projeto, as exportações de material genético de animais de elite dos produtores associados à ABCZ foram de US$ 5 milhões. Após 11 anos iniciativa, as exportações passaram de US$ 400 milhões.



Brasil 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário