Pré-candidato do PT ao governo de Minas diz que a
unidade da Petrobras em Uberaba vai acabar com dependência externa de
fertilizantes; "Atualmente, importamos algo em torno de 55% dos
fertilizantes de que a nossa agricultura necessita. No ano passado,
foram quase 69 mil toneladas. Com a fábrica de Uberaba, passaremos a
suprir internamente mais de 80% do mercado. Somos a mais poderosa
potência agrícola do mundo e a nossa dependência externa de
fertilizantes era um risco para a nossa soberania", disse ele
Do Pautando Minas
- Em reunião com líderes políticos neste domingo, em Belo Horizonte,
Fernando Pimentel afirmou que a planta de amônia que a Petrobras começa a
erguer em Uberaba, batizada de Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados
José Alencar (FAFEN-JA), "vai garantir a soberania brasileira na
produção de alimentos". A amônia é a base da fabricação de fertilizantes
nitrogenados, usados no cultivo de milho, cana de açúcar e café, entre
outros.
"Atualmente, importamos algo em torno de 55% dos fertilizantes de que
a nossa agricultura necessita. No ano passado, foram quase 69 mil
toneladas. Com a fábrica de Uberaba, passaremos a suprir internamente
mais de 80% do mercado. Somos a mais poderosa potência agrícola do mundo
e a nossa dependência externa de fertilizantes era um risco para a
nossa soberania", sustentou Pimentel, ao lembrar que o
ex-vice-presidente da República José Alencar foi um dos primeiros a
alertar o então presidente Lula sobre a importância da fábrica.
Partiu de Pimentel e do prefeito de Uberaba, Paulo Piau (PMDB) e do
ex-presidente a ideia de homenagear Alencar batizando a unidade de
fertilizantes com o nome do empresário. Será o maior investimento já
feito no município – R$ 1,95 bilhão. Quando entrar em operação, em 2017,
a unidade de fertilizantes terá capacidade de produzir 519 mil
toneladas de amônia por ano.
A fábrica vai retirar de circulação mais de 100 caminhões carregados
com o insumo que deixam diariamente o Porto de Santos e cruzam as
estradas mineiras para abastecer as fábricas da cidade. Uberaba é hoje o
maior polo de fertilizantes do Brasil. Por isso, Alencar sempre se
posicionou a favor da instalação do empreendimento na cidade, segundo
Pimentel. "O Zé sempre foi muito persuasivo, muito combativo nas suas
posições. Convenceu o ex-presidente Lula e o Gabrielli (Sérgio
Gabrielli,então presidente da Petrobras) da necessidade do
investimento", lembrou.
A decisão, no entanto, esbarrou no fornecimento do gás natural,
matéria-prima na fabricação da amônia. "O trajeto mais curto e mais
barato para a construção de um gasoduto capaz de abastecer a unidade de
Uberaba envolvia negociações entre os governos de Minas e São Paulo.
Essa disputa atrasou o investimento. Após tratativas entre Gasmig e
Petrobras, no entanto, mudou-se o trajeto do gasoduto, que, agora, será
inteiramente mineiro", recordou Pimentel, que, como ministro do
Desenvolvimento do governo Dilma, foi um dos articuladores do
investimento.
Interligado ao Sistema Gasbel, o gasoduto terá 470 quilômetros,
saindo da cidade de Queluzito (MG) em direção ao município de Uberaba. A
previsão é de que esteja concluído em 2016. As obras da planta de
amônia já começaram. A área onde será erguida a fábrica já foi
terraplanada. A Petrobras já tem 40 engenheiros morando em Uberaba e
treinou, até aqui, mil pessoas para o projeto. A construção deve gerar
3.700 empregos diretos.
Expozebu
Neste sábado, Pimentel prestigiou os 80 anos da Expozebu, feira que é
referência mundial em comércio e melhoramento genético de gado zebu.
"Já faz parte do calendário internacional do setor e a presença aqui é
obrigatória. Mostra a força da nossa agropecuária, dos nossos produtores
e como a associação entre os setores público e privado pode resultar em
ganhos de larga escala para todos", disse o ex-ministro, ao lembrar
parceria de 11 anos entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportação
e Investimentos e a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ),
organizadora do evento.
Em 2003, as duas entidades firmaram uma parceria para a abertura de
novos mercados para o material genético do gado Zebu brasileiro e para
as tecnologias brasileiras ligadas à pecuária bovina, contemplando
segmentos como os de inseminação, biotecnologia, animais vivos,
sementes para pastagens, nutrição animal, produtos veterinários,
educação, fazendas e equipamentos.
Entre as ações previstas no projeto, figuram a realização e o
apoio à participação dos associados em feiras nacionais e
internacionais, a melhoria da imagem dos produtos nacionais, missões
empresariais a outros países, estudos de inteligência comercial e
rodadas de negócios. No primeiro ano do projeto, as exportações de
material genético de animais de elite dos produtores associados à ABCZ
foram de US$ 5 milhões. Após 11 anos iniciativa, as exportações
passaram de US$ 400 milhões.
Brasil 247
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