Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao comparecer hoje (7), na condição de investigada, à
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, Andressa
Mendonça se recusou a prestar informações aos deputados e senadores e
foi dispensada.
"Vou exercer o meu direito constitucional de permanecer em silêncio",
limitou-se a informar a mulher do empresário Carlos Augusto de Almeida
Ramos, o Carlinhos Cachoeira, principal alvo de investigação da CPMI.
O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo, tentou transformar a
sessão em secreta, caso Andressa concordasse em falar. No entanto, ela
não concordou e continuou na mesma posição de silêncio.
Alguns deputados e senadores se indignaram com a postura da depoente.
Mais exaltada, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) chegou a se referir a
Andressa Mendonça como "mentirosa e cascateira". Em resposta, Andressa
repetiu que permaneceria calada."Permanecerei em silêncio, nobre
senadora", respondeu. Antes do depoimento, a senadora Kátia Abreu havia
informado a CPMI que foi vítima de intimidação por parte de Andressa.
A convocação de Andressa foi aprovada na condição de testemunha na
primeira fase de trabalhos da CPMI. No entanto, após denúncias de que
ela estaria chantageando o juiz titular do caso, Alderico Rocha Santos,
da 11ª Vara Federal de Goiânia, sua condição mudou para investigada no
caso.
De acordo com o magistrado, Andressa se ofereceu para impedir a divulgação na imprensa de um dossiê
contra ele em troca da liberdade de Cachoeira. Andressa também é
suspeita de atuar como laranja do esquema criminoso supostamente
liderado por seu marido, que está preso desde o dia 29 de fevereiro, em
Brasília.
Outro depoente, o policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto,
também evocou o direito de ficar em silêncio e também foi dispensado.
"Não tenho nada a colaborar", disse o policial que é apontado como
espião da organização criminosa. Thomé compareceu à CPMI na condição de
testemunha, mas munido de um habeas corpus que garante a ele o direito
de ficar calado.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário