21 de dezembro de 2013 | 06:23 Autor: Miguel do Rosário
(na foto, militantes que chegam de todo o Brasil para prestar solidariedade aos petistas condenados na Ação Penal 470).
O Globo descobriu que, após a prisão dos petistas acusados no
julgamento do mensalão, correligionários visitaram os presos na Papuda,
acamparam em frente ao presídio e agora, escândalo dos escândalos!,
ligaram para as autoridades responsáveis, para os juízes, provavelmente
para pedir esclarecimentos sobre as ilegalidades cometidas.
Para isso serve um partido político, para receber solidariedade nos momentos difíceis.
A reportagem só se refere aos réus como “mensaleiros”, usando a
novilíngua da mídia para continuar linchando simbolicamente os
condenados num processo cheio de anomalias jurídicas, segundo já
denunciaram juristas de diversos matizes ideológicos, como Ives Gandra,
Bandeira de Mello, Claudio Lembo e Dalmo Dallari.
A matéria ocupa dois terços mais nobres da página 3, a mais importante do jornal, que abre a seção de política.
O que a matéria não fala é que os réus foram condenados para ficar em regime semi-aberto e estão presos em regime fechado.
O Globo continua cercando todas as autoridades envolvidas no caso do
mensalão. Agora o cerco é ao juiz Ademar Silva de Vasconcelos, que nem é
mais o responsável pelos réus da Ação Penal 470, pois foi substituído
por Joaquim Barbosa por um juiz mais “tucano”.
Talvez por temor de que Vasconcelos cometesse alguma inconfidência
que pudesse atrapalhar o linchamento diário dos “mensaleiros”, o Globo
já cercou o juiz, extraindo dele material para fazer mais uma matéria na
qual se apresenta os réus petistas sob um ângulo negativo.
A prisão não saciou a sede de vingança do Globo. Ele quer perseguir os condenados lá dentro.
Tijolaço
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