Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília,
exigiu que José Dirceu, Delúbio Soares e outros companheiros de cela
doem livros para a biblioteca e entrem no esquema dos outros presos, com
leitura limitada a duas horas diárias; deputado Luiz Eduardo Greenhalgh
(PT) criticou a decisão pelo Twitter: “Nem ditadura militar era assim:
presos da AP470 proibidos de lerem livros. Isso é fascismo”; Vara de
Execuções Penas do Distrito Federal está sob o comando de Bruno Ribeiro,
filho de um dirigente local do PSDB; petistas condenados ao regime
semiaberto, mas que cumprem pena em regime fechado há mais de um mês,
vêm sendo tratados como "privilegiados"
247 - Diante
das pressões da mídia contra supostos “privilégios” recebidos pelos
condenados da AP 470 na prisão, o Complexo Penitenciário da Papuda, em
Brasília, determinou novas restrições aos petistas José Dirceu e Delúbio
Soares, e seus companheiros de cela.
Eles foram obrigados a doar seus
livros para a biblioteca da Penitenciária e agora têm apenas duas horas
diárias para leitura — das 9h às 11h. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh
(PT) criticou a decisão pelo Twitter: “Nem ditadura militar era assim:
presos da AP470 proibidos de lerem livros. Isso é fascismo”.
O sistema de visitas também mudou.
Agora, os eles só podem conversar em ambiente dividido por um vidro
duplo, sem ventilação e por meio de um interfone.
Dirceu e Delúbio foram condenados
pelo Supremo Tribunal Federal ao regime semiaberto, pelo qual, em tese,
seriam obrigados apenas a dormir no presídio, podendo passar o restante
do dia em liberdade. No entanto, estão há mais de um mês encarcerados em
regime fechado – e, agora, sem direito a ocupar o tempo com a leitura
de livros.
A Vara de Execuções Penais do
Distrito Federal está sob o comando do juiz Bruno Ribeiro, que é filho
de um dirigente do PSDB local.
Depois de chamar para si o comando
das prisões, Joaquim Barbosa ainda mantém solto o delator Roberto
Jefferson, que confessou ter administrado um caixa dois de R$ 4 milhões.
Advogado de perseguidos políticos na
ditadura militar, Greenhalgh estuda tomar providências contra o que
classifica como fascismo penal na execução das prisões da Ação Penal
470.
Brasil 247
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