segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Greenhalgh denuncia fascismo na Papuda

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Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, exigiu que José Dirceu, Delúbio Soares e outros companheiros de cela doem livros para a biblioteca e entrem no esquema dos outros presos, com leitura limitada a duas horas diárias; deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) criticou a decisão pelo Twitter: “Nem ditadura militar era assim: presos da AP470 proibidos de lerem livros. Isso é fascismo”; Vara de Execuções Penas do Distrito Federal está sob o comando de Bruno Ribeiro, filho de um dirigente local do PSDB; petistas condenados ao regime semiaberto, mas que cumprem pena em regime fechado há mais de um mês, vêm sendo tratados como "privilegiados"
23 de Dezembro de 2013 às 10:11

247 - Diante das pressões da mídia contra supostos “privilégios” recebidos pelos condenados da AP 470 na prisão, o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, determinou novas restrições aos petistas José Dirceu e Delúbio Soares, e seus companheiros de cela.
Eles foram obrigados a doar seus livros para a biblioteca da Penitenciária e agora têm apenas duas horas diárias para leitura — das 9h às 11h. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) criticou a decisão pelo Twitter: “Nem ditadura militar era assim: presos da AP470 proibidos de lerem livros. Isso é fascismo”.
O sistema de visitas também mudou. Agora, os eles só podem conversar em ambiente dividido por um vidro duplo, sem ventilação e por meio de um interfone.

Dirceu e Delúbio foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal ao regime semiaberto, pelo qual, em tese, seriam obrigados apenas a dormir no presídio, podendo passar o restante do dia em liberdade. No entanto, estão há mais de um mês encarcerados em regime fechado – e, agora, sem direito a ocupar o tempo com a leitura de livros.

A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal está sob o comando do juiz Bruno Ribeiro, que é filho de um dirigente do PSDB local.
Depois de chamar para si o comando das prisões, Joaquim Barbosa ainda mantém solto o delator Roberto Jefferson, que confessou ter administrado um caixa dois de R$ 4 milhões.
Advogado de perseguidos políticos na ditadura militar, Greenhalgh estuda tomar providências contra o que classifica como fascismo penal na execução das prisões da Ação Penal 470.



Brasil 247

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