À frente da Fundação Perseu Abramo, o economista
Marcio Pochmann, da Unicamp, concedeu uma entrevista à revista Fórum, em
que comentou a situação atual da imprensa brasileira; "Os jornais que
temos hoje também escrevem para os seus militantes, escrevem o que eles
querem ouvir, e por isso esses jornais estão com dificuldades para
ampliar o seu número de leitores, é por isso que os jovens não interagem
com esses jornais", afirma; segundo ele, a nova era é digital
247 - À frente
da Fundação Perseu Abramo, o economista Marcio Pochmann concedeu uma
importante entrevista ao jornalista Marcelo Hailer, da revista Fórum
(leia aqui a íntegra). Nela, abordou a situação da mídia impressa brasileira, que, a seu ver, está morrendo.
Eis o trecho que ele fala sobre a imprensa:
"Parece
que os jornais assumiram aquilo que eles criticavam da imprensa
comunista. Você tinha o Pravda, que sempre tinha uma crítica ao
capitalismo, ou seja, era um jornal que escrevia para os seus
militantes. Os jornais que temos hoje também escrevem para os seus
militantes, escrevem o que eles querem ouvir, e por isso esses jornais
estão com dificuldades para ampliar o seu número de leitores, é por isso
que os jovens não interagem com esses jornais. Mas eles têm um público
cativo, e para manter esse público cativo ficam alimentando uma visão
que é, a meu ver, insustentável, isso não tem futuro. Estamos assistindo
ao fim desse tipo de imprensa. Está em construção uma outra imprensa,
uma outra cobertura, que é a coisa digital e isso também está em
construção."
Brasil 247
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