Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O aumento do salário mínimo
deverá injetar R$ 28,4 bilhões na economia no próximo ano, segundo
estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) divulgada hoje (26). A partir de 1º de janeiro,
o salário mínimo passa de R$ 678 para R$ 724 – reajuste de 6,78% . De
acordo com o Dieese, 48,2 milhões de pessoas têm o rendimento atrelado
ao salário mínimo.
O novo valor do rendimento mínimo permite,
segundo os cálculos do Dieese, a compra de 2,23 cestas básicas. De
acordo com a entidade, é a maior relação de poder de compra desde 1979.
O novo valor deverá trazer um impacto de
R$ 12,8 bilhões nas contas da Previdência Social. Os benefícios pagos no
valor de um salário correspondem a 48,7% do montante repassado pela
Previdência. No total, 69,% dos beneficiários ou 21,4 milhões de pessoas
recebem um salário mínimo.
O aumento também deverá ter um impacto
significativo nas contas de parte das prefeituras do Nordeste. Segundo o
levantamento, 20,6% dos servidores públicos municipais da região
recebem atualmente até R$ 678. Na Região Norte, o percentual chega a
15,6%.
Deve haver ainda, de acordo com o estudo, um incremento de R$ 13,9 bilhões na arrecadação tributária nos tributos sobre consumo.
Agência Brasil
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