sex, 20/12/2013 - 07:28
- Atualizado em 20/12/2013 - 10:17
O acordo com a SAAB-Scania para a venda
dos caças Gripen NG ao Brasil é apenas uma das peças no fortalecimento
da indústria de defesa nacional.
O Ministro da Defesa Celso Amorim
trabalho no Ministério de Ciências e Tecnologia nos anos 80, assim que
foi criado. E sabe que para ter algum desenvolvimento tecnológico há a
necessidade de envolver Estado, academia e empresas.
É a ideia que está por trás da política de defesa do país.
A consolidação da nova estrutura passa
por iniciativas legislativas, pelo poder de compra do Estado e pela
consolidação da pesquisa e da inovação.
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Há um conjunto de grandes projetos
demandando parcerias internacionais. É o caso dos caças, dos submarinos e
dos lançadores de satélites.
Para os satélites, foi constituída a
empresa Visiona Tecnologia Espacial, com 51% da Embraer e 49% da
Telebras. Seria importante não deixar de lado a importante contribuição e
acervos tecnológicos do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais).
Para os submarinos, foi montado o Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos).
Há um programa juntando a Embraer e a Avibras para o desenvolvimento de um VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado).
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Paralelamente, estão sendo criados instrumentos legais para fortalecer a cadeia produtiva da defesa.
No campo legislativo, recentemente foi
assinada uma Medida Provisória, depois Lei 2012, regulamentando o
conceito de empresa estratégica de defesa e produto estratégico de
defesa – englobando produtos e serviços.
Há três semanas foram emitidas as primeiras certificações.
Esse conceito será utilizado para a
aquisição de produtos e para isenção tributária, equalizando a produção
brasileira com a importada. Hoje em dia, o produto brasileiro é mais
tributado que o importado.
Essa certificação tem se feito em
parceria com o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e o
MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). O
desafio atual é definir formas de impedir a aquisição de empresas
incentivadas por concorrentes estrangeiros.
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Simultaneamente foi lançado o programa
Inova Defesa, no âmbito do Inova Empresa – uma articulação ampla para
financiar a inovação, comandada pelo MCTI e pela Finep (Financiadora de
Estudos e Pesquisas)
Um grande número de empresas se
habilitou ao programa, muitas na área de defesa cibernética,
criptografia e outros temas ligados à segurança internética. “A
participação da Defesa não é tímida, estamos trabalhando firmemente no
nosso Centro de Defesa Cibernética, em contato estreito com o MCTI”, diz
Amorim.
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Os institutos militares também estão
sendo estimulados, diz Amorim. O ITA (Instituto Tecnológico da
Aeronáutica) irá dobrar o número de alunos e professores e houve
considerável reforço no CTA (Centro Tecnológico da Aeronáutica). O
histórico IME (Instituto Militar de Engenharia) está sendo preparado
para futura transferência para o Centro Tecnológico do Exército em
Guaratiba.
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Os próximos passos, agora, são o
detalhamento do acordo com a SAAB-Scania. A Embraer está aguardando ser
chamada para as discussões, assim como os demais órgãos e empresas
envolvidos.
Por enquanto, a empresa nada fala, nada
diz. Pelo andar da carruagem, caminha para trilhar caminhos inéditos
tanto na área de defesa quanto espacial.
Blog do Luis Nassif
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