sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Ato do PT cobra defesa do mandato de João Paulo Cunha e mobilização contra AP 470


O lançamento da revista “A Verdade, Nada Mais que a Verdade sobre a AP 470” em Osasco (SP), na noite desta quinta-feira, transformou-se num ato em defesa do mandato do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). O evento organizado pelo PT de Osasco também ficou marcado por ressaltar a necessidade de mobilização para desmascarar os erros e violações do chamado julgamento do mensalão.

Partiu de deputados do PT a iniciativa de conclamar o partido a defender a preservação do mandato de João Paulo. O plenário da Câmara vai decidir se cassa ou não o parlamentar.
“Vamos enfrentar essa discussão no plenário para combater qualquer tentativa de cassação de seu mandato”, afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).


João Paulo Cunha durante evento em Osasco (SP)João Paulo Cunha durante evento em Osasco (SP) 
 
“Nós vamos defender seu mandato como deputado na Câmara. Onde você estiver, vai levar um pedaço de nós junto com você”, disse o também deputado federal José Mentor (PT-SP
O deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP), também presente no encontro, sugeriu que toda a bancada do PT pudesse se ausentar da votação, em protesto contra o pedido de cassação. Mas os militantes presentes sugeriram que toda a bancada vote em massa contra a cassação. Devanir ficou de levar essa sugestão para discutir com os demais parlamentares.


Mobilização

Os participantes do encontro também cobraram que o PT e seus militantes façam a defesa dos réus petistas e reajam ao discurso da grande imprensa e da direita.

“Eu tenho certeza de que vocês [militância] vão ajudar a gente a ultrapassar isso. E se alguém pensa que o Zé Dirceu vai morrer, o Genoino vai parar, o Delubio vai parar ou eu vou parar, pode tirar o cavalo da chuva. Porque a luta continua”, afirmou João Paulo.

“[O STF] é um tribunal que tem uma proposta política, que é quebrar o nosso projeto, a nossa moral, a espinha dorsal do campo popular democrático. Esta reunião tem que ser uma reunião de mobilização, de política. É preciso organizar o PT para a gente ir à rua e debater essa questão”, disse Zarattini.

Misa Boito, dirigente do PT paulista, lembrou que “muita gente deveria estar aqui [no ato] e não está”. Para ela, João Paulo, José Dirceu, José Genoino e Delubio Soares são apenas “as primeiras vítimas” do cerco feito pela direita.

“É inadmissível que não esteja todo o nosso partido na rua, lutando por nossos companheiros. Hoje o João Paulo está aqui, mas amanhã ele estará na cadeia. Nós vamos aceitar isso?”, perguntou Misa.

“Solidariedade é ir para a rua, é estar aqui, é fazer o enfrentamento que precisamos fazer. Não é ficar só nos gabinetes”, cobrou Pedro Henrichs,  coordenador da Trincheira da Resistência, acampamento em frente ao Supremo Tribunal Federal em protesto contra os abusos e violações da AP 470.

Joana Saragoça, filha de Dirceu, também esteve no evento. “Mesmo preso, ele [Dirceu] está lutando como pode. Mas é aqui fora que a gente tem que fazer a mobilização, para provar a inocência de nossos companheiros.”




Blog do Zé Dirceu

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