Professor Cláudio Gonçalves Couto, da Fundação
Getúlio Vargas, publica importante artigo sobre a ação política de
Joaquim Barbosa; segundo ele, as prisões "produziram excessos, como a
destinação ao regime fechado de condenados ao semiaberto e a condução a
Brasília de réus domiciliados longe dali"; o cientista político afirma
ainda que "uma eventual eleição de Barbosa seria a receita perfeita para
que experimentássemos o populismo"
247 - Professor
da Fundação Getúlio Vargas, o cientista político Cláudio Gonçalves
Couto publica, nesta quinta-feira, importante artigo sobre a ação
política de Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal
(leia aqui "Barbosa e o populismo").
Segundo ele, o juiz que pode estar prestes a trocar a toga pela política, é um exemplo clássico de um populista. "Barbosa surge para uma boa parcela do eleitorado e mesmo da opinião pública como a figura do herói", diz ele. "Por
fim, vieram as prisões dos condenados. Determinadas por ele, começaram
seletivamente pelos petistas, foram significativamente realizadas no dia
da República e produziram excessos, como a destinação ao regime fechado
de condenados ao semiaberto e a condução a Brasília de réus
domiciliados longe dali", prossegue, afirmando ainda que foi "explícita
uma certa tendência a exceder os limites do que autoriza a lei".
O cientista
político afirma ainda "que uma eventual eleição de Barbosa seria a
receita perfeita para que experimentássemos o populismo", figurino que
serviria ao presidente do STF. "Barbosa
se enquadraria a um feitio similar. Oriundo de fora dos partidos
estabelecidos e propenso a exceder os limites institucionais para fazer
valer suas convicções, angariando apoio popular, é difícil imaginá-lo
construindo coalizões e fazendo concessões a políticos tradicionais para
lograr avanços parciais em seu projeto. O mais provável seria tentá-lo
fazer na marra, como o fazem os heróis."
Brasil 247
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