Deputado teve 343 votos favoráveis; 51 foram
brancos; com a eleição, Arlindo Chinaglia deixa de ser o líder do
governo na Câmara; em discurso antes da votação, ele disse que pretende
exercer o novo cargo "da melhor maneira possível" e declarou que sempre
respeitou os parlamentares, apesar de ter tido enfrentamentos; vaga foi
aberta com a renúncia de André Vargas (PT-PR)
Eduardo Piovesan e Carol Siqueira, Agência Câmara
- A Câmara dos Deputados elegeu o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP)
para 1º vice-presidente da Casa. O candidato foi indicado pelo PT,
partido que tem direito à vaga na Mesa Diretora no biênio 2013-2014. Na
votação secreta em Plenário, Chinaglia obteve 343 votos favoráveis.
Também houve 51 votos brancos.
Com a eleição a 1º vice-presidente, Chinaglia deixa de ser o líder do
governo na Câmara, cargo que é uma indicação da presidente da
República.
Em seu discurso antes da votação, Chinaglia disse que pretende
exercer o novo cargo "da melhor maneira possível". Ele declarou que
sempre respeitou os parlamentares, apesar dos enfrentamentos. "Tive
enfrentamentos, sempre respeitosos. As exceções, claro, só confirmam a
regra", afirmou.
Natural de Serra Azul (SP), Chinaglia é médico e está no quinto
mandato consecutivo na Câmara, onde já ocupou a Presidência no período
de 2007 a 2009. Ele também exerceu diversos cargos políticos dentro da
Casa e do partido, ao qual está filiado desde 1980. Foi presidente da
Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, líder do PT, líder do
governo e relator da proposta orçamentária de 2012.
Renúncia
A vaga na 1ª Vice-Presidência ocorreu com a renúncia ao cargo pelo
deputado André Vargas (PT-PR). Ele abriu mão da vaga na Mesa porque
responde a processo no Conselho de Ética de Decoro Parlamentar por conta
de denúncias de seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso
pela Polícia Federal.
O doleiro pagou um jatinho para levar Vargas e a família para passar as férias em João Pessoa (PB) no final do ano passado.
Além disso, há denúncias de que Vargas teria intercedido em favor de
uma das empresas de fachada do doleiro em negócios com o Ministério da
Saúde. A Polícia Federal interceptou conversas em que o doleiro cobra a
atuação de Vargas e diz que a "independência financeira" dos dois
dependeria do sucesso no negócio.
Na carta de renúncia, oficializada em 16 de abril, Vargas diz que
renunciou ao cargo para se concentrar em sua defesa sem prejudicar o
andamento dos trabalhos da Mesa. Ele manteve o mandato de deputado.
Brasil 247
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