Desde que atingiram o fundo do poço, ações da
Petrobras já subiram 40%; só nesta terça, foram mais 4%; para alguns
analistas, a explicação é a onda eleitoral, que favorece agora o tucano
Aécio Neves nas pesquisas, com projeção de segundo turno; para outros, a
alta é explicada pelos próprios números da estatal, que, alheia à crise
no Congresso, bate recorde após na extração do pré-sal; quem tem razão?
Infomoney
- Após chegar a cair 0,66%, o Ibovespa virou neste começo de tarde
puxado pela disparada dos papéis da Petrobras, que chegam a ganhos de
mais de 4% após caírem forte pela manhã. Às 13h01 (horário de Brasília),
o índice operava com alta de 0,46%, aos 53.689 pontos. Além da estatal,
o desempenho da Vale, Ambev e a recuperação dos papéis do Bradesco
também colaboram para sustentar os ganhos do benchmark.
Em destaque, as ações da Petrobras (PETR3, R$ 16,97, +3,48%; PETR4,
R$ 18,21, +3,64%) que chegaram a subir mais de 4%, depois de caírem 1,5%
nas mínimas do dia. Além dela, a Vale (VALE3, R$ 30,30, +0,63%; VALE5,
R$ 27,28, +0,48%) e a Ambev (ABEV3, R$ 16,61, +0,67%) também viraram
para o positivo. Juntas, estas 5 ações representam 28% de participação
no Ibovespa.
Do lado negativo, aparecem as ações do setor financeiro, com Itaú
Unibanco (ITUB4, R$ 37,28, -1,51%) e Itaúsa (ITSA4, R$ 9,19, -0,86%) com
queda de aproximadamente 1% e o Bradesco (BBDC4, R$ 34,26, -0,15%)
também com perdas, mas que se recupera após chegar a cair 2% - o setor
atualmente é o que possui a maior participação dentro do Ibovespa.
Além das eleições: 2 fatores levam à alta de mais de 4% da Petrobras nesta terça
Em um dia de forte volatilidade, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4)
registram forte alta no início da tarde desta terça-feira (6). Às 14h47
(horário de Brasília), os papéis ON da companhia registram alta de
4,21%, a R$ 17,09, enquanto os ativos PN registram forte valorização de
4,04%, a R$ 18,28, seguindo o forte movimento de ganhos da última sexta-
feira e após uma "pausa" na última sessão, quando os papéis PN ficaram
próximos à estabilidade.
Na semana passada, os fortes ganhos da companhia (alta de 3,77% para
os ativos PETR3 e de 6,22% para os papéis PN apenas na sexta-feira)
foram motivados em meio aos rumores - confirmados - de que a pesquisa
Istoé/Sensus divulgada no último sábado traria uma disparada de Aécio
Neves na corrida eleitoral para a presidência. E a pesquisa apontou pela
primeira vez um 2º turno entre Aécio Neves e Dilma Rousseff.
Enquanto Dilma Rousseff (PT) teria 35% das intenções de voto, Aécio
Neves (PSDB) teria 23,7% e Eduardo Campos possui 11% das intenções de
voto. Assim, a oposição conseguiria 34,7%, o que configuraria um empate
técnico frente a margem de erro da pesquisa de 2,2%. Como os
investidores não aprovam o intervencionismo da atual presidente no
mercado, o crescimento dos adversários de Dilma na disputa eleitoral é
bem recebida na Bolsa Brasileira.
Vale destacar que, desde que os primeiros rumores de pesquisas
eleitorais em março e que mostraram o enfraquecimento da candidatura de
Dilma, as ações PETR3 já registraram ganhos de 40% e os papéis PETR4,
ganhos de cerca de 50% e atingem a cotação máxima desde o final de
novembro de 2013. Vale ressaltar que, naquela época, a companhia
anunciou aumento do preço de gasolina e diesel, mas decepcionou ao não
revelar a nova metodologia de reajustes conforme indicado por Graça
Foster em outubro, o que levou a forte queda das ações.
E as especulações eleitorais seguem em pauta no mercado; nesta
semana, o Datafolha divulgará pesquisa. E, nesta data, o Ibope divulgou
pesquisa de intenção de voto presidencial com eleitores do Ceará,
mostrando uma queda de Dilma no estado, importante reduto eleitoral da
presidente. Contudo, ela continua disparada na frente: em março, Dilma
tinha 66% da preferência do eleitorado e passou para 58%, enquanto Aécio
e Campos ficaram com 7%.
A pesquisa foi realizada de 27 a 30 de abril, com margem de erro de 3
pontos percentuais e registro no TSE sob o número 00100/2014. Conforme
ressalta a XP Investimentos, a perda de espaço, ainda que não
capitalizada para um aumento expressivo de intenções de voto aos
concorrentes, é expressiva. Cabe lembrar que, em 2010, Dilma venceu o
candidato do PSDB José Serra por 77,35% a 22,65% dos votos válidos no
estado.
Porém, além das especulações, ainda há outro fator: a tendência de
queda do dólar que, no mesmo horário, registrava queda de 0,77%, a R$
2,230 na venda. No ano, a moeda norte- americana registra queda de
4,69%. Conforme ressalta o analista da Leme Investimentos, João Pedro
Brugger, a companhia se beneficia com a baixa da moeda estrangeira, uma
vez que ela é importadora de combustíveis para revendê-los no mercado
nacional, com um desconto em relação aos preços internacionais e possui
boa parte de sua dívida em dólar.
Abaixo, reportagens sobre dados de produção da estatal, global e nacional:
Em meio a críticas, Petrobras divulga avanço na produção
Por Roberto Samora
SÃO PAULO, 2 Mai (Reuters) - A produção da Petrobras no Brasil e
exterior somou 2,55 milhões de barris/dia de óleo equivalente em março,
alta de 0,63 por cento ante o mês anterior e de 2,6 por cento na
comparação com o volume extraído um ano antes, informou a empresa nesta
quarta-feira.
A entrada de novos poços no pré-sal, cuja extração teve novo recorde,
mais do que compensou paradas para manutenção registradas em unidades
no Brasil, indicou a estatal, que reafirmou a previsão de elevar a
produção em 7,5 por cento em 2014 ante 2013.
A produção da Petrobras no Brasil em março somou 2,331 milhões de
barris/dia de óleo equivalente (óleo e gás), 0,2 por cento acima do
volume de fevereiro.
A produção exclusiva de petróleo da Petrobras no Brasil, que responde
pela maior parte do total produzido pela empresa, atingiu 1,926 milhão
de barris/dia em março, alta de 0,1 por cento ante fevereiro, mas um
crescimento de 4,3 por cento ante o mesmo mês do ano passado, quando a
empresa registrou o menor volume mensal de 2013, devido a paradas para
manutenção de plataformas.
Em março de 2014, tais paradas temporárias voltaram a ocorrer em
outras plataformas, mas o recorde de produção no pré-sal permitiu o
aumento da extração no país.
"Ainda no mês de março a produção não foi maior devido às paradas de
produção temporárias planejadas das seguintes unidades: FPSO Cidade de
Angra dos Reis (Bacia de Santos), plataforma P-8 (Bacia de Campos),
plataforma P-35 (Bacia de Campos), e FPSO Vitória (Bacia de Campos)",
disse a estatal.
A empresa informou ainda que a plataforma P-20 permaneceu em
manutenção durante o mês de março, já tendo, no entanto, retomado sua
operação no último dia 7 de abril. A P-20 tem potencial de produção de
cerca de 20 mil barris de petróleo/dia, no Campo de Marlim, na Bacia de
Campos.
A estatal relatou também que, no dia 30 de março, após 11 anos de
atividade, o FPSO Brasil encerrou suas atividades, no campo de Roncador
com o fechamento do poço 7-RO-14-RJS. "Com o fim de sua operação, os
poços interligados ao FPSO serão remanejados para a P-52 e a P-54."
RECORDE NO PRÉ-SAL
Em março, a produção média mensal de petróleo dos campos localizados
na província do pré-sal, nas bacias de Santos e Campos, atingiu recorde
de 395 mil barris de óleo equivalente, 2,4 por cento acima da melhor
marca anterior, registrada em fevereiro (385 mil bopd).
"Contribuiu para esse recorde a produção do primeiro poço interligado
a uma boia de sustentação de riser (BSR), no campo de Sapinhoá,
iniciada em fevereiro. Esse poço vem apresentando desempenho acima da
média e mantém-se como o melhor poço produtor do país, com
aproximadamente 36 mil bpd", disse. "O segundo poço desta BSR já foi
interligado no início de abril e está produzindo 31 mil bpd."
A Petrobras disse que já foram concluídas as instalações de outras
duas boias de sustentação de riser no campo e, ainda no primeiro
semestre, será a concluída a instalação da última BSR.
"Tais instalações irão possibilitar a continuidade do crescimento da
produção no pré-sal, com a interligação de sete novos poços produtores
nos FPSOs Cidade de São Paulo e Cidade de Paraty. Com isso, a capacidade
máxima de produção e processamento dessas unidades será alcançada até o
terceiro trimestre de 2014", afirmou.
A empresa afirmou ainda que, no curto prazo, começarão a produzir
ainda, no pós-sal da Bacia de Campos, as plataformas P- 62, no campo de
Roncador, com capacidade de 180 mil bopd, e a P-61, no campo de
Papa-Terra, que será interligada à plataforma semissubmersível SS-88,
que já está no Brasil.
"Com a entrada dessas unidades, a produção de petróleo terá
crescimento sustentável, durante 2014, de 7,5 por cento, conforme
previsto no Plano de Negócios e Gestão 2014-2018, podendo variar 1 por
cento para mais ou para menos, ao longo do ano."
PRODUÇÃO NO EXTERIOR
A extração total de petróleo e gás natural no exterior, em março, foi
de 219.586 boed, aumento de 6,2 por cento em relação aos 206.712 boed
produzidos no mês anterior.
A produção exclusiva de petróleo foi de 126.921 barris/dia, alta de
10,1 por cento na comparação com fevereiro, mas uma queda em relação a
um ano antes (147,9 mil barris/dia).
Sem crise: petróleo no Brasil tem segunda produção histórica
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO, 5 Mai (Reuters) - A produção de petróleo e
gás do Brasil somou 2,643 milhões de barris de óleo equivalente ao dia
em média em março, o segundo maior volume da história, segundo dados da
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
divulgados nesta segunda-feira.
Com recordes na produção do pré-sal e na produção de gás natural,
além de um aumento das atividades de petroleiras estrangeiras no país, a
extração em março só ficou atrás da registrada em janeiro de 2012,
quando o Brasil produziu 2,678 milhões de barris de óleo equivalente
(boe).
A produção da Petrobras, que responde por mais de 90 por cento da
extração de petróleo e gás no Brasil, cresceu 4,2 por cento em relação a
março de 2013, para 2,266 milhões de barris de boe, ficando
praticamente estável ante fevereiro.
Mas foi a extração das petroleiras estrangeiras que atuam no Brasil que teve crescimento mais expressivo.
A britânica BG Group, segunda produtora do Brasil, produziu 70,879
mil barris de óleo equivalente, aumento de 83 por cento ante o ano
anterior e com pouca mudança na comparação com fevereiro.
A terceira produtora do país, a norueguesa Statoil, viu sua produção
subir mais de 10 vezes em relação a março de 2013, para 47,497 mil
barris. A extração da empresa foi de 2,5 por cento maior ante fevereiro.
A Shell mais que dobrou a produção ante o mesmo mês do ano anterior,
para 42,726 mil boe, crescendo em 50 por cento a extração ante
fevereiro.
PETRÓLEO E GÁS
Em março, a produção de petróleo somou 2,119 milhões de barris
diários, alta de 1,4 por cento na comparação com o mês anterior e de
14,4 por cento em relação a março de 2013.
Já a produção de gás natural atingiu um recorde de 83,4 milhões de
metros cúbicos por dia, aumento de aproximadamente 8 por cento em
relação a março de 2013 e cerca de 0,2 por cento em relação ao mês
anterior, quando havia atingido recorde.
A produção no pré-sal superou em 2,4 por cento a de fevereiro,
totalizando 483,4 mil barris de óleo equivalente por dia, sendo 395,9
mil barris de petróleo e 13,9 milhões de metros cúbicos por dia de gás
natural.
Em torno de 91,1 por cento da produção de petróleo e gás natural foram provenientes de campos operados pela Petrobras.
O campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, da Petrobras, foi o de
maior produção de petróleo, com média de 263,9 mil barris por dia. O
maior produtor de gás natural foi o campo de Mexilhão, na bacia de
Santos, com média diária de 6,7 milhões de metros cúbicos.
A plataforma P-52, localizada no campo de Roncador, produziu, por
meio de 14 poços a ela interligados, cerca de 135,1 mil barris de óleo
equivalente por dia e foi a unidade com maior produção.
(Por Jeb Blount e Roberto Samora)
Produção de petróleo cresce 14,4% em março
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
A produção de petróleo nos campos nacionais atingiu em março 2,1
milhões de barris diários, um aumento de 14,4% em relação a março de
2013 e de 1,4% na comparação com o mês de fevereiro deste ano.
Os dados foram divulgados hoje (6) pela Agência Nacional de Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A produção de gás natural atingiu
em março 83,4 milhões de metros cúbicos por dia, novo recorde de
produção, superando em 0,2% o registrado em fevereiro, quando a produção
atingiu 83,2 milhões de metros cúbicos por dia. Quando comparada à de
março do ano passado, a produção de gás aumentou 8%.
Os dados da ANP indicam que a produção de petróleo e gás natural no
Brasil em março totalizou aproximadamente 2,64 milhões de barris
equivalentes (petróleo e gás) por dia. As informações constam do Boletim
da Produção da ANP e estão disponíveis na página da companhia na
internet.
Os dados indicam, ainda, que a produção nos campos do pré-sal superou
em 2,4% a de fevereiro, totalizando 483,4 mil barris de óleo
equivalente por dia. A produção de petróleo chegou a 395,9 mil barris
diários e a de gás natural, a 13,9 milhões de metros cúbicos por dia.
Segundo a ANP, a produção do pré-sal teve origem em 28 poços,
localizados nos seguintes campos: Baleia Azul, Baleia Franca, Jubarte,
Pirambu, Caratinga, Barracuda, Linguado, Lula, Marlim Leste, Pampo,
Sapinhoá e Trilha.
Embora a queima de gás natural em março tenha sido de cerca de 4,3
milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de aproximadamente 1% em
relação ao mês anterior e de 15,8% ante março de 2013, o aproveitamento
do gás natural no país no mês chegou a 94,8%.
As informações indicam, ainda, que 91,1% da produção de petróleo e
gás natural foram provenientes de campos operados pela Petrobras.
O de Marlim Sul, na Bacia de Campos, registrou a maior produção de
petróleo, com média de 263,9 mil barris por dia. O maior produtor de gás
natural foi o Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos, com média diária
de 6,7 milhões de metros cúbicos.
A Plataforma P-52, localizada no Campo de Roncador, produziu, em 14
poços a ela interligados, cerca de 135,1 mil barris de óleo equivalente
por dia e foi a unidade com maior produção.
Em fevereiro, 305 concessões, operadas por 25 empresas, foram
responsáveis pela produção nacional. Dessas, 83 são concessões marítimas
e 222, terrestres.
Brasil 247
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