quarta-feira, 11 de junho de 2014

Depois da baixaria, Barbosa vai curtir Seleção na Copa

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Protagonista nesta quinta-feira 11 de cena inédita da história de 124 anos do Supremo Tribunal Federal, ao chamar seguranças para retirar da tribuna, à força, o advogado Luiz Fernando Pacheco, Joaquim Barbosa poderá ser visto, nesta quinta-feira 12, no estádio do Itaquerão; ele é convidado da presidente Dilma Rousseff para o jogo de abertura da Copa do Mundo, em São Paulo; antes, na Copa das Confederações, juiz foi recebido por Luciano Huck, de quem seu filho é empregado, no Maracanã (acima); ponto fora da curva na democracia brasileira, ministro em vias de se aposentar fez de tudo no cargo: refutou direito de condenados, agrediu jornalistas, ofendeu a carreira, a corte e defenestrou um advogado; agora, quer gritar gol; melhor que saia de campo
11 de Junho de 2014 às 19:52


247 – Após patrocinar a maior baixaria da história de 124 anos do Supremo Tribunal Federal, ao determinar nesta quarta-feira 11 a retirada da tribuna, por seguranças, à força, do advogado Luiz Fernando Pacheco, que defendia o ex-presidente do PT José Genoino, o ministro Joaquim Barbosa já sabe o que vai fazer em seu 'day after'. Barbosa quer gritar, como milhões de brasileiros, e como se nada tivesse ocorrido, gol da Seleção Brasileira.


O presidente do STF é convidado da presidente Dilma Rousseff para assistir a abertura da Copa do Mundo, no estádio do Itaquerão, em São Paulo, às 17 horas. O convite foi feito antes de Barbosa protagonizar um verdadeiro escândalo jurídico, ao cassar a palavra de um militante do Direito. O ministro Marco Aurélio Mello, aliado em diferentes ocasiões das posições de Barbosa durante o julgamento da Ação Penal 470, não deixou de ser um dos primeiros a criticar o colega. "Foi péssimo", resumiu ele. "A atitude chegou ao extremo".


Pronto para se aposentar, Barbosa parece não ter se aguentado como coadjuvante e, em breve, ir para o ostracismo. Na sessão desta quarta-feira do Supremo, ele foi abrupto ao cassar a palavra do defensor de José Genoino, que pedia ao presidente do STF para levar à apreciação de seus pares, em plenário, o pedido de prisão domiciliar ao seu cliente. Barbosa não gostou de ser questionado e tocou a segurança para cima do causídico.


Não foi a primeira truculência de Barbosa, que está deixando, seis meses antes do final do seu mandato, por absoluta falta de ambiente no meio jurídico. Ele atacou a criação de novos tribunais federais, posicionou-se contra as relações normais entre advogados e magistrados, acusou um jornalista de chafurdar no lixo e burlou a decisão plenária de prisão semiaberta para os condenados no chamado mensalão.


Em relação ao futebol, Barbosa foi ao camarote do apresentador Luciano Huck, da Rede Globo, durante a Copa das Confederações, no ano passado. Soube-se naquele momento que o filho de Barbosa é empregado da produção do programa de Huck na emissora. Mais promiscuidade, é difícil.


Agora, sem saber que Barbosa aprontaria das suas outra vez, a presidente Dilma chamou o juiz para estar ao seu lado na abertura da Copa, para o jogo Brasil e Croácia. Do jeito que gosta de aparecer, e sem vergonha de suas atitudes arbitrárias e autoritárias, Barbosa deve estar lá em busca de, outra vez, brilhar na mídia tradicional. Outra vez numa posição indefensável.



Brasil 247

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