25 de junho de 2014 | 19:54 Autor: Fernando Brito
Embora muito mal-feito – o que não pode acontecer a esta altura da
luta política – o vídeo gravado pelo ex-presidente Lula pregando a
reforma política e incentivando a coleta de assinaturas para a
apresentação de um projeto de iniciativa popular que leve adiante a
ideia de plebiscito que o Congresso engavetou tem um grande mérito.
Está reproduzido abaixo e veja se você concorda com o que observei.
Coloca Lula em harmonia com o crescente sentimento de rejeição das
práticas políticas brasileiras, que acabam por colocar a vontade popular
de joelhos diante dos arranjos e apetites dos grupos que controlam a
vida de partidos que vão perdendo – se já não perderam – qualquer outra
identidade que não seja a de buscar posições e vantagens na máquina
pública.
Uma sujeição que ele e, depois, Dilma também tiveram de praticar para governar.
E aos dois – a ele, no primeiro mandato; ela, a partir do ano
passado, com a aproximação das eleições – também renderam traições e
chantagens políticas de “varejo” como as que estamos assistindo.
Não sei se Lula terá condições de sustentar este tema como um dos focos da campanha eleitoral.
Mas se ele estiver na pauta da coligação vencedora desde os palanques
e se for levado à prática por um governo que se inicia sobre um
Congresso que ainda não está agarrado à luta pela sobrevivência,
certamente terá mais chance de prosperar.
Inclusive porque emprestar algum foco de mudança ao único setor do
eleitorado jovem que vem crescendo: o dos que atribuem à política – e
não às deformações que o poder econômico nela produz – a origem dos
males da vida pública.
Tijolaço
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