Ministro do Supremo Tribunal Federal defendeu
nesta quarta-feira 11 que sejam julgados com prioridade os recursos dos
condenados no processo do mensalão que tiveram o trabalho externo
revogado, bem como o do ex-deputado José Genoino, que pede para voltar a
cumprir prisão domiciliar; "Eu creio que o ministro Joaquim deveria
trazer imediatamente esses processos, esses agravos", disse, sobre o
presidente da Corte
André Richter – Repórter da Agência Brasil
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu
hoje (11) que sejam julgados com prioridade os recursos dos condenados
no processo do mensalão que tiveram o trabalho externo revogado, bem
como o do ex-deputado José Genoino, que pede para voltar a cumprir
prisão domiciliar.
Os condenados recorreram ao plenário, mas o julgamento depende de
liberação do relator das execuções penais, ministro Joaquim Barbosa,
presidente da Corte.
"Nós estamos a cuidar de assunto que diz respeito a réus presos. E aí
o processo tem preferência maior. Eu creio que o ministro Joaquim
deveria – e julgo os outros por mim, eu faria isso – trazer
imediatamente esses processos, esses agravos", afirmou Marco Aurélio,
após o intervalo da sessão do STF, na qual, Joaquim Barbosa, mandou
seguranças retirarem do plenário o advogado Luiz Fernando Pacheco, que
defende Genoino.
Barbosa deu a ordem após Pacheco subir à tribuna para pedir que o
presidente libere para julgamento o recurso no qual Genoino diz que tem
complicações de saúde e precisa voltar a cumprir prisão domiciliar.
Naquele momento, os ministros estavam julgando a mudança na composição
das bancadas na Câmara dos Deputados.
Marco Aurélio disse que nunca viu uma situação parecida em 24 anos,
período em que está na Corte. "Achei péssimo. Mas nada surge sem uma
causa. E deve haver uma causa. E a causa eu aponto como não haver ainda o
relator, o presidente, trazido os agravos à mesa", completou.
Brasil 247
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